Copeiro, frio, com uma camisa muito pesada e uma dose de sorte. Esse é o adversário do Corinthians na final da Libertadores. Nesta quinta-feira, o Boca Juniors, com o regulamento de baixo do braço, segurou o placar em 0 a 0 com a Univerisad de Chile, em Santiago. Com o resultado, o time argentino confirmou a vaga, pela décima vez, na decisão do torneio mais importante do continente. O primeiro jogo será em Buenos Aires. Já o Corinthians, que eliminou o Santos, define em São Paulo.
Gelado como a temperatura nos Andes e com o relógio como aliado, o Boca Juniors entrou em campo para controlar o jogo até o apito final. A estratégia de fazer lançamentos em profundidade foi dando resultado à medida que a defesa da Universidad de Chile se desarrumava.
Riquelme, o grande nome do primeiro tempo e uma espécie de treinador em campo, deixou Mouche duas vezes na cara do gol, mas o companheiro perdeu as chances. Antes, o camisa 10 pegou de primeira um cruzamento do atacante e carimbou a trave de Herrera. O time argentino foi percebendo que estava mais próximo de abrir o placar do que os anfitriões.
Já a La U chegou ao ataque com muitos jogadores, mas se descuidou feio atrás, deixando sempre alguém do Boca Juniors livre. A rigor, os chilenos, com Fernadez, numa cabeçada defendida por Orion, tiveram apenas uma chance em 45 minutos de jogo. Trocando passes, foi uma equipe inofensiva aos portenhos.
Na etapa final, o jogo mudou. A Universidad foi para o tudo ou nada e começou a assustar. Diáz acertou a trave e obrigou, em seguida, Orion a fazer grande defesa. Ruidíaz também acertou o poste. Sempre com chutes de fora da área porque penetrar na área não dava.
O Boca não mudou a postura. O time argentino seguiu segurando o jogo e esperando a confirmação da décima final da Copa Libertadores.