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Roger cria "plano B" com esquema planejado por Coudet em vitória do Inter contra o São José

Colorado teve Alan Patrick recuado e Borré e Valencia como dupla de ataque no segundo tempo do jogo desta terça

Cristiano Munari

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Ricardo Duarte / Inter / Divulgação
Borré, dessa vez, foi mantido pelo centro do ataque mesmo com entrada de Valencia.

O Inter venceu o São José por 2 a 0, na noite desta terça-feira (28), em Novo Hamburgo, e chegou a sete pontos em três rodadas de Gauchão. Na partida, o técnico Roger Machado fez mudanças ofensivas no segundo tempo e montou o time tendo Borré e Valencia como dupla de ataque com Alan Patrick atrás deles. 

O sistema, que foi idealizado pelo ex-técnico Eduardo Coudet em 2024, vira uma alternativa do atual treinador para jogos contra adversários fechados. 

O Desenho Tático de Zero Hora mostra como Roger mexeu no Inter ao longo do jogo.

Escalação

O Inter iniciou no Estádio do Vale com a mesma escalação da vitória sobre o Juventude, no sábado, tendo Wanderson novamente como extrema pelo lado direito. No São José, Rogério Zimmermann apostou em um sistema com linha de cinco defensores para tentar conter o ataque colorado. As estratégias dos treinadores ficaram em segundo plano logo aos 12 minutos, quando Jhonata Varela levou vermelho por entrada em Alan Patrick após interferência do VAR.

Mesmo com 11 contra 10 desde cedo, o Inter encontrou dificuldades para gerar situações de perigo. O São José mostrou um sistema defensivo bem montado que dificultava as ações coloradas. O cenário de partida jogada em apenas um campo levava Roger a apostar em uma formação mais ofensiva. O treinador, porém, esperou até o intervalo para mexer na equipe.

Novo sistema

O Inter voltou do intervalo com três mudanças. Nathan entrou no lugar de um apagado Aguirre enquanto Vitinho foi opção para a vaga de Wanderson. A terceira troca foi tática com Thiago Maia saindo para entrada de Valencia.

Diferente do que havia acontecido no amistoso contra o México, Borré dessa vez não foi para a ponta com a presença de Valencia. O colombiano e o equatoriano formaram uma dupla de ataque. Atrás deles, Vitinho (pela direita), Alan Patrick (pelo centro) e Wesley (pela esquerda) formaram uma linha de três. Fernando ficou como único volante. 

O sistema foi o 4-1-3-2, que o torcedor se acostumou a ver com Eduardo Coudet no ano passado. Ter Borré e Valencia como dupla de ataque e Alan Patrick com um homem por trás deles foi idealizado pelo argentino na formação do elenco em 2024, mas ele acabou demitido em julho tendo usado esse trio junto em apenas uma partida desde o início (derrota para o Belgrano, pela Sul-Americana).

Premiere / Reprodução
Roger mudou o Inter para o 4-1-3-2 no segundo tempo tendo Alan Patrick recuado.

Mais ofensivo, o Inter ocupou melhor os espaços no segundo tempo, mas ainda assim insuficiente para superar o bloqueio do São José, bem fechado por uma linha de cinco que mostrou consistência ao longo de todo o jogo.

Premiere / Reprodução
São José chegava a formar uma linha com sete jogadores atrás para defender o 0 a 0.

Roger voltou a mexer aos 22 minutos com Bruno Henrique no lugar de Thiago Maia, opção que deu maior capacidade para o time tentar os chutes de média distância. Carbonero entrou quatro minutos depois no lugar de Wesley.

O jogo seguiu acontecendo próximo da área do São José com os zagueiros colorados sendo os primeiros construtores da equipe. Veio dos pés de Vitão, por exemplo, o cruzamento que terminou em gol anulado de Valencia após intervenção do VAR aos 35.

Quando parecia que o placar ficaria em 0 a 0, Lucas Hulk tocou com o braço na bola após escanteio do Inter. novamente o VAR acionou Anderson Daronco para marcar o pênalti, bem batido por Alan Patrick. Carbonero, que havia mostrado boas ações, completou o 2 a 0 coroando sua boa estreia com a camisa vermelha.

Apesar das dificuldades, o segundo tempo mostrou que Borré e Valencia podem jogar juntos sem que um deles tenha que ser deslocado para a ponta. Roger, porém, deixou o alerta de que essa formação tendo Alan Patrick quase como um segundo volante trará dificuldades defensivas em um jogo de 11 contra 11. Essa ideia deverá ser um plano B do treinador para partidas em superioridade numérica.

— Sacrifica muito o Alan (Patrick) nessa posição porque ele acaba jogando quase como segundo homem. Com um a mais, o Alan fez só o movimento ofensivo. Se a gente coloca essa formação contra 11, vai ser muito atacado e isso vai desgastar muito mais o Alan Patrick. Vamos ter que lidar muito bem com isso e escolher os momentos, mas são circunstâncias. Ter os dois na frente gera um respeito muito grande e a qualidade dele pode fazer a diferença para a gente — avaliou o treinador.

O Inter volta a campo no domingo (2), às 20h30min, para receber o São Luiz no Beira-Rio. A tendência é de um adversário fechado novamente. Se o gol demorar a sair, Roger tem agora um plano B para tornar a equipe mais ofensiva em busca da vitória.

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