Com poder de investimento menor do que na temporada 2024, o Inter terá de usar a criatividade no departamento de futebol para reforçar o elenco para 2025. Sem condições de fazer grandes investimentos, o clube apostará em jogadores mais baratos, que possam se valorizar no Beira-Rio. E o exemplo para isso está no próprio elenco colorado.
— O Wesley não foi um jogador caríssimo e deu certo. O Fernando foi outro jogador que a gente trouxe, é importante, vai nos ajudar muito neste ano, e não gastamos milhões. Trouxemos de volta o Bruno Gomes que está aí jogando e teve gente que torceu o nariz quando anunciamos. Então, tem soluções muito boas que vamos buscar, que acho que vão cobrir com isso e o torcedor vai acreditar que, na mão do Roger e do Paixão, vão render. É isso que nós temos que trabalhar muito para não errar. Com dinheiro é mais fácil, sem dinheiro é mais difícil — revelou o presidente Alessandro Barcellos no programa Sem Filtro, de GZH.
Citado pelo dirigente colorado, Wesley estava na reserva do Cruzeiro quando foi buscado pelo Inter, por 2 milhões de euros. Um ano depois, é um dos atletas mais cobiçados do plantel, em conversas avançadas com o Krasnodar, da Rússia. Já o volante Bruno Gomes, antes de ser transformado em lateral-direito por Roger Machado, custou R$ 7 milhões aos cofres vermelhos, sendo que parte desta quantia foi abatida de uma dívida do Coritiba com o Inter.
O comportamento se difere de outras contratações que foram feitas nas últimas janelas de transferências, envolvendo jogadores de grife e com passagem por seleções, como Enner Valencia, Borré ou Thiago Maia, por exemplo.
— Essa coisa de aeroporto e impactar não vai ter. Esquece! Nós já fizemos os investimentos mais altos nas janelas anteriores. Estes investimentos têm impacto financeiro em três ou quatro anos. Esta é a nossa realidade. Enquanto os caras contratam o Almada por 20 milhões de dólares, nós gastamos 20 para pagar em três anos. Não tem como fazer mágica, mas existem jogadores importantes — explicou Barcellos.
Um dos fatores que faz o Inter acreditar na repetição da fórmula é a equipe de trabalho constituída no CT Parque Gigante.
— A gente tem profissionais lá para trabalhar neste ambiente, sem dinheiro, mas com criatividade. Acho que nosso desempenho ajuda. O cara quer jogar em um time encaixado. Em contatos que tive com alguns jogadores, já senti isso. Entre nós e outro (clube), a mesma proposta, o cara disse: "Eu quero ir para o Inter. Melhora um pouco que eu vou para o Inter". Então, sinto que a vitrine, a forma como a gente terminou o ano e como jogou, ajuda o cara a querer vir para cá. É um trunfo que a gente tem — completou o presidente colorado.
Confira o "Sem Filtro":