A noite desta quinta-feira (6) foi marcada pela apresentação da proposta da Liga do Futebol Brasileiro (Libra) aos conselheiros do Inter. Os representantes do clube tomaram conhecimento dos valores previstos pelos direitos televisivos pelos próximos anos. Agora, uma nova reunião será marcada para deliberar sobre qual oferta será aderida para representar os interesses colorados. Porém, em dois momentos, o tom do encontro foi elevado entre alguns presentes.
Estiveram, na sala do Conselho, 207 membros. Segundo o site da instituição, o número completo de conselheiros é de 339, representando 61% do total com assinaturas da ata.
Durante aproximadamente 45 minutos, os representantes enviados pela Libra conseguiram apresentar os motivos da sua proposta para o clube. Os valores não foram diferentes dos já divulgados. Por 12,5% dos direitos econômicos, R$ 99,3 milhões.
A oposição compreende que a quantia no decorrer do tempo tende a ser melhorada, já que o bloco conta com os grandes do país como Flamengo, Corinthians, Palmeiras e São Paulo e também o rival Grêmio.
— Reunião histórica aqui no Conselho. Conseguimos propiciar a vinda da Libra. Os conselheiros terão soberania na decisão — disse o conselheiro Alexandre Chaves Barcellos.
O fato é rebatido pela gestão, que alega que a discrepância de recursos aumentará cada vez mais na distribuição do dinheiro televisivo.
A atual direção do Inter está fechada em conseguir o acordo com a Liga Forte do Futebol (LFF). Além da divisão, o ponto defendido é o montante a ser recebido de R$ 218 milhões por 20%.
Confusões
Dois momentos de ânimos exaltados foram registrados no decorrer da noite. O primeiro foi na acusação de conselheiros de que um veículo, com placa de São Paulo, tinha sido camuflado com folhas de papel para esconder o símbolo do Grêmio. O carro estava sob posse de um dos representantes da Libra. A reportagem de GZH confirmou o episódio no estacionamento do estádio.
O segundo, logo depois, se deu com a saída do ex-diretor de futebol Mauricio Estrougo. Ele insultou a honra do mandatário Alessandro Barcellos no saguão do Conselho, gerando a revolta de pessoas próximas ao presidente. O caso será levado à comissão de ética.
— Vamos conduzir o processo como deve ser — avaliou Sérgio Juchem, presidente do Conselho Deliberativo (CD).
Adesão à Liga Forte
Nos próximos dias, a mesa diretora avaliará a data para deliberar o ingresso no bloco pretendido pela gestão. Apesar da pressão de urgência de votação em 48 horas úteis, o mandatário do CD compreende que o tema necessita de mais tempo:
— Vamos tratar com as instâncias do clube para marcar uma nova sessão para a decisão — definiu Juchem.
— É como se fosse um casamento de 50 anos — complementou.
Segundo apurado por GZH, a votação tende a ser confirmada em um período de até duas semanas. Logo, o assunto seguirá frequente entre os movimentos políticos do clube.