A rescisão de Taison completou um ciclo de saídas de ex-capitães do Inter após Edenilson ter sido negociado com o Atlético-MG e durante 2022 Rodrigo Dourado e D'Alessandro terem deixado o Beira-Rio. O Colorado inicia 2023 com indefinição de quem irá carregar a braçadeira depois de o elenco ter passado por uma profunda reformulação no último ano.
Taison assumiu a braçadeira de capitão assim que retornou ao Inter, em abril de 2021. No ano passado, após ele ter virado reserva desde a chegada de Mano Menezes, Edenilson assumiu esse posto. Mas o camisa 8 também deixou de ser titular durante o Brasileirão.
O volante Gabriel foi definido com o capitão em jogos que Edenilson nem Taison atuaram e, por sua liderança, seria nome natural para o posto se não estivesse em recuperação da cirurgia na qual foi submetido no joelho direito (tem o retorno previsto apenas para o segundo semestre).
— A definição de capitão é importante, mas isso é mais do grupo que do técnico. A liderança é o cara mais respeitado, o que tem o carinho de todos os atletas. É o cara que dentro de campo é o porta-voz do treinador. Algumas vezes, com estádio cheio, é tanto barulho que no campo nem se escuta o treinador. O capitão também tem de ser um cara com uma leitura de jogo boa, que dentro do campo vai no simples olhar do técnico entender o que deve ser feito. Vai muito além de carregar a braçadeira, é o cara da leitura no campo e do equilíbrio no vestiário. Nos momentos de vitória é o capitão que não deixa a euforia tomar conta, mas na derrota também é quem não deixa os outros se abaterem — observa o ex-zagueiro Bolívar, capitão do Inter na conquista do bi da Libertadores em 2010.
O Inter disputou nove jogos no último Brasileirão depois da lesão de Gabriel. Edenilson atuou e foi capitão em quatro deles, Taison em um. Quando nenhum deles esteve em campo, Renê, duas vezes, Rodrigo Moledo e Alan Patrick, uma vez cada, foram os capitães.
Moledo e Renê são dois dos candidatos a ser o capitão de Mano para o começo do Gauchão. Um outro atleta na consideração do treinador é Mercado, que deverá ser desfalque na estreia contra Juventude por lesão. Mercado e Moledo disputam vaga ao lado de Vitão na zaga.
Bolívar foi companheiro de Moledo no final de sua trajetória no Inter. Ele elogia o camisa 4, mas também vê Mercado como um bom candidato a ser o capitão do Inter na Libertadores.
— Eu considero o Moledo (candidato) por ser um cara antigo, que conhece o clube há tempo. Algumas vezes se define por esse tempo de casa. O próprio Mercado, por ter a experiência de Europa, de conhecer a Libertadores (foi campeão pelo River Plate), tudo isso é importante. A partir do momento que o Moledo casar bem com o Vitão e fizerem bons jogos vai ser difícil o Mercado o voltar. O Moledo iniciando bem será dor de cabeça boa para o Mano — projeta.
Independentemente do escolhido, diante do Juventude, na estreia do Gauchão, iniciará uma nova era na capitania do Inter.
Os capitães do Inter em 2022
- Taison
- Edenilson
- Gabriel
- Rodrigo Dourado
Também usaram a faixa
- Renê (2 jogos)
- D'Alessandro (1 jogo)
- Rodrigo Moledo (1 jogo)
- Alan Patrick (1 jogo)