A virada do Inter contra o Colo-Colo pelas oitavas de final da Copa Sul-Americana veio com a cara do colorado. Sofrida, com emoção, mas com final feliz. E não poderia ter vindo dos pés de outra pessoa que não Pedro Henrique. Colorado desde que nasceu, o atacante foi o autor do quarto gol da equipe de Mano Menezes na partida — aquele que garantiu a passagem direta, sem chances de mais sofrimento nos pênaltis.
Passadas horas da partida, o jogador colorado conversou com o programa "Sala de Redação", da Rádio Gaúcha, e relembrou a noite da última terça-feira (5).
— A sensação (de marcar o gol) é incrível. Foi uma noite complicada de dormir. Esse jogo representa o que o torcedor colorado esperava. A gente precisa retribuir, o torcedor precisava, a gente como grupo, a nossa comissão, os dirigentes. O torcedor merecia uma noite assim.
Após ouvir o seu gol narrado por Marcelo De Bona, Pedro Henrique também relembrou como o lance aos 29 minutos do segundo tempo resultou na classificação colorada para as quartas de final da Sul-Americana:
— Eu precisava fazer o gol. A bola tinha de entrar, arranquei, então eu desacelerei, esperei o David entrar na área, mas resolvi bater para o gol. Estava precisando marcar. Tivemos um pouco mais de emoção, não precisava ser assim (risos).
Mesmo com o resultado adverso sofrido no Chile, o meia-atacante admitiu que a equipe tinha convicção de que conseguiria avançar. Nem mesmo o gol sofrido aos 15 minutos do primeiro tempo, abalou a confiança do Colorado.
— Mesmo lá no Chile, a gente soube que a gente não teve uma noite boa, eles foram melhores, tem que admitir, mas sabíamos que a gente tinha condições de reverter com o nosso torcedor. A gente precisava jogar bola, fazer acontecer em campo, combinamos no vestiário para não perder o foco, mesmo sofrendo um gol ou demorando a marcar o nosso, era só fazer o planejado — contou.
O Inter, agora, espera o vencedor do confronto entre Melgar, do Peru, e Deportivo Cali, da Colômbia, para saber quem será seu adversário nas quartas de final da Sul-Americana.