O Inter conseguiu acabar com a sequência de empates no Brasileirão. Na noite de domingo (5), o Colorado soube se recuperar de péssima atuação no primeiro tempo, dominou a maior parte das ações na etapa final e foi premiado com gols nos acréscimos com protagonismo de homens que saíram do banco. Aos 47, Johnny abriu o placar com assistência de Mauricio e Carlos de Pena, em pênalti sofrido por Alemão, completou o 2 a 0 aos 54 minutos.
Com o resultado, o Inter voltou a vencer no Brasileirão depois de cinco rodadas, onde apenas empatou, e tem pontuação de G-6. O Colorado tem os mesmos 14 pontos do São Paulo, mas está em sétimo lugar por ter um saldo de gols inferior ao dos paulistas (quatro a dois).
Os gols de Johnny e Carlos de Pena nos acréscimos transformaram o que seria uma sequência de seis empates em uma leitura positiva, a de que agora são oito jogos de invencibilidade no Brasileirão. Autor do segundo gol colorado, de pênalti, De Pena elogiou a atitude que o time teve para crescer de desempenho na etapa final.
— Creio que no primeiro tempo, nos primeiros minutos, o Bragantino dominou. Depois estivemos mais sólidos. Uma vitória fora é importante porque necessitávamos. São três pontos importantes. Acabamos muito bem o primeiro tempo. A palavra do professor foi para seguir. Fizemos um grande segundo tempo. A atitude foi importante — disse De Pena, que falou que a opção de começar no banco foi técnica por parte de Mano Menezes.
— Estou bem. O professor manda. Foi decisão técnica. Estava pronto para jogar. Me colocou no segundo tempo e não há mistério algum — seguiu.
O técnico Mano Menezes abriu sua manifestação falando sobre a semana depois do protesto dos jogadores em razão do atraso no pagamento dos direitos de imagem. Ele garantiu que a preparação da equipe não foi afetada.
— Não tive muito trabalho para ficarmos concentrados naquilo que era o mais importante, que é a parte de campo. Desde a quarta-feira, quando houve a reunião e o presidente me questionou sobre a possibilidade de treinar pela tarde, eu disse que não teria problema nenhum. Devemos saber conviver com essas questões sem perder o foco com o principal. Não tive problema no treinamento da quinta-feira nem dos outros dias. O que fiz em relação ao time obedeceu critérios técnicos, táticos e estratégias — afirmou.
Sobre a opção de deixar Carlos de Pena no banco, Mano justificou pela necessidade de ter mais um volante marcador na equipe.
— A gente necessitava de um jogador a mais de marcação no setor. O De Pena foi contratado para ser extrema e eu o transformei em médio-volante. É bom esse reconhecimento externo porque mostra que tivemos um acerto. O Inter não tem nenhum jogador que não possa ficar no banco nem que não possa jogar — resumiu.
Assim como Mano Menezes, o vice de futebol Emílio Papaléo também tentou minimizar o efeito do protesto dos jogadores e garantiu que isso está superado.
— O que aconteceu na semana foi problema administrativo, que os jogadores manifestaram a sua inconformidade. Tivemos a necessidade de passar em comum acordo o treino para a tarde, a questão foi resolvida em quatro horas. Foi um percalço, mas o atraso de imagem não é privilégio do Inter. Tem clubes com situações financeiras até melhores que a nossa e que sofrem com isso. É um episódio superado, tanto que fizemos um belo jogo. Foi uma demonstração de união entre time, comissão técnica e direção.
A delegação colorada seguirá no estado de São Paulo para enfrentar o Santos na quarta-feira (8). No sábado (11), quando voltar ao Beira-Rio, o adversário será o Flamengo. Ou seja, dois clássicos do futebol brasileiro esperam o time de Mano Menezes. O Inter terá na sequência ainda Goiás (F), Botafogo (C) e Coritiba (C).
Ao todo, serão cinco jogos antes de enfrentar o Colo-Colo, pela ida das oitavas de final da Copa Sul-Americana, em 28 de junho. Essas cinco partidas pelo Brasileirão serão disputadas em um período de 16 dias. Uma verdadeira maratona antes de voltar o foco para o objetivo de uma conquista continental nesta temporada.