A questão física é o principal ponto de atenção do Colo-Colo antes da decisão contra o Inter, nesta terça (28), pela Copa Sul-Americana. Apesar de apresentar alta intensidade no início dos jogos, a equipe chilena costuma perder o fôlego no segundo tempo, quando normalmente cai de rendimento e toma muitos gols. Um dos atletas que mais sente essa queda se ritmo é o meia argentino Leonardo Gil, considerado o cérebro do time.
— Esta é a principal fragilidade do Colo-Colo. A equipe diminui muito a intensidade após a primeira hora de jogo. O principal pensador do time, por exemplo, é o Leonardo Gil. O problema é que, quando ele cansa, o time cansa também. Ele terminou o ano passado lesionado e tem dificuldades de aguentar em alta intensidade a partida inteira, assim como a equipe em geral. O time "dura" 60 minutos — avalia o jornalista Rodrigo Fuentealba, do diário chileno La Tercera.
Os números do Colo-Colo na temporada, analisados por GZH, respaldam a preocupação do cronista. Em 24 jogos disputados em 2022, os chilenos sofreram 24 gols, dos quais 18 ocorreram no segundo tempo dos jogos, enquanto apenas seis foram sofridos na primeira etapa.
Desta forma, contra o Inter, o Colo-Colo deve tentar aproveitar o ímpeto inicial do time, especialmente jogando diante do seu torcedor.
— O Colo-Colo é um time que baseia o seu jogo na dominação do rival, tem um bom jogo pelas pontas, um meio-campo que pressiona a defesa e um atacante goleador, Juan Martín Lucero, que já soma 14 gols em 23 partidas pelo clube — completa Fuentealba.
Nesta segunda-feira (27), véspera do jogo, a imprensa chilena ainda dá pouca atenção à partida válida pela Copa Sul-Americana. O principal destaque dos jornais locais é a repercussão da vitória por 3 a 0 da Universidad Católica sobre o Unión San Felippe, neste domingo (26), pela Copa do Chile. A partida marcou a estreia de Mauricio Isla, ex-Flamengo e ícone da seleção chilena, pela equipe de Santiago.