Para quem acompanha os jogos do Inter, o corpo de Rodrigo Moledo parece uma armadura de tão forte. A estrutura física eficiente para impedir o avanço de atacantes adversários não é a mesma para evitar lesões. O último exemplo dessa fragilidade surgiu aos 10 minutos da partida contra o Avaí, no domingo (1), quando, lesionado, o defensor deixou o gramado do Beira-Rio escoltado por um médico e um massagista.
A cena é mais frequente do que o torcedor colorado gostaria. Desde que seu retorno ao clube foi anunciado em 6 de fevereiro de 2018 se passaram 1.547 dias. Destes, Moledo esteve indisponível por 38,5% tempo por motivos de lesão. A porcentagem aumentará. Na segunda-feira (2), o departamento médico do clube informou que Moledo sofreu uma lesão na coxa esquerda e ficará de quatro a seis semanas sem poder ser utilizado pelo técnico Mano Menezes.
O treinador conviverá com situações vividas por alguns de seus antecessores. A maioria deles lamentou por algum tempo não poder utilizar o defensor. Outros sofreram ainda mais. Miguel Ángel Ramírez, contratado em março do ano passado e demitido em junho, e Diego Aguirre, substituto do espanhol e que ficou no clube até dezembro, sequer puderam ter o zagueiro como opção.
Entre janeiro de 2021 e março deste ano, Moledo ficou fora de combate devido a uma lesão no ligamento cruzado posterior do joelho direito. No período, o Inter entrou em campo em 87 partidas.
O grave problema é a maior razão para o jogador ter ficado tanto tempo sem poder ser escalado. Antes de ser operado para reconstruir a estrutura do joelho, o camisa 4 tinha tido quatro lesões musculares na coxa direita. Juntas, elas o fizeram ser desfalque por 27 partidas. Agora, as estatísticas serão engrossadas.