O vice-presidente do conselho de administração do Inter Dannie Dubin foi um dos convidados da Confraria do Pedro Ernesto no Show dos Esportes desta segunda-feira (22) e comentou a saída do preparador físico Paulo Paixão da comissão técnica do time. O dirigente afirmou que a gestão discorda da opinião
— Fomos surpreendidos hoje (segunda) pelo vazamento deste áudio. Depois do acontecimento, ele procurou o Paulo Bracks e o Emilio Papaleo, e decidiu pedir para sair, pediu demissão. Nós aceitamos, entendemos a posição dele. Infelizmente não vamos mais contar com ele nessa temporada, mas é um grande profissional, passou várias vezes pelo clube e sempre com um trabalho de excelência —completou Dubin:
— Externou posições pessoais dele. Tenho minhas opiniões, mas o clube não concorda com as opiniões que, contra vontade dele, se tornaram públicas. Estamos focados nestes jogos, não podemos negar que achávamos que neste momento estaríamos mais à frente na tabela. Estamos em uma posição que não é mais confortável. Precisamos de mais vitórias para conseguir chegar na Libertadores.
O dirigente também comentou a possibilidade de que técnico Diego Aguirre seja escolhido pela Federação Uruguaia de Futebol para substituir Óscar Tabárez na seleção do país vizinho. Segundo Dubin, desde que o assunto surgiu, nenhuma proposta foi apresentada ao treinador colorado.
Sobre reforços, Dannie Dubin começou elogiando o volante do Palmeiras Felipe Melo, mas pediu cautela para tratar da possível contratação do experiente jogador.
— Pessoalmente, eu acho um grande jogador. Mas para fazer uma contratação como esta é preciso conversar com o jogador, entender as expectativas dele. É um jogador com idade avançada para os padrões do nosso futebol. Se isso vier a se concretizar como uma vontade do clube, isso vai acontecer apenas depois da final da Libertadores — projetou.
Os demais reforços pretendidos pela gestão colorada ainda não foram mencionados, mas devem seguir o perfil das contratações jovens e com potencial de revenda futura, como as feitas em 2021. O vice mencionou o chileno Palacios como bom exemplo desta política de prospecção de mercados secundários do futebol continental para garimpar talentos:
— Não temos dinheiro para contratar 20 jogadores e esperar que dois ou três deem certo, como se chegou a fazer em outros anos aqui. Não vamos mudar a ideia que estamos adotando de análise de dados. O Palacios é um exemplo, que a torcida e a imprensa já não tinham mais paciência com ele, e agora começou a melhorar o desempenho dele.