Alexandre Chaves Barcellos, vice-presidente na gestão de Marcelo Medeiros e conselheiro do Inter, foi um dos convidados da Confraria do Pedro Ernesto, nesta terça-feira (26). Durante a participação, o ex-dirigente relembrou a passagem conturbada de Eduardo Coudet e projetou o ambiente do clássico Gre-Nal do Brasileirão, no próximo dia 6, o primeiro sob comando de Diego Aguirre.
— O Aguirre tem exata compreensão do que significa o Gre-Nal, ainda mais neste contexto, onde é possível contribuir muito para o rebaixamento do Grêmio. Pode ser uma vitória histórica em Gre-Nais — projetou, ressaltando que essa é a posição dele como torcedor, elogiando o trabalho do atual vice de futebol Emílio Papaléo Zin.
Até a chegada do uruguaio, no entanto, o trabalho de Miguel Ángel Ramírez, sucedendo o vice-campeão Abel Braga, não agradou Barcellos. A proposta com a qual o espanhol veio a Porto Alegre não era adequada para o momento do clube, na visão do conselheiro e ex-dirigente.
— A contratação do Ramírez foi errada, não há mais dúvida disso no Estado. Veio para revolucionar um clube que não precisava ser revolucionado. O Inter estava nos trilhos, muito bem encaminhado. Não fomos campeões brasileiros primeiro por um erro de arbitragem, depois por faltar um gol. Estávamos próximos de um título que há tempos não ganhávamos. Pegamos um clube devastado em 2016 e entregamos um time que disputou o Brasileirão de 2020 até o último minuto — analisou:
— Superado esse episódio de rupturas, depois da contratação errada de Ramírez, o Inter está disputando o Brasileirão de igual. Dentro dessa realidade, jogando o que pode jogar, é o caminho. Acho que as pessoas que dirigem o clube se deram conta que essa história de rupturas era uma grande bobagem. O dirigente precisa se moldar as condições do clube. Temos que dançar a música, conforme ela esteja tocando — complementou Barcellos.