Contra o Sport, às 20h desta segunda-feira (13), o Inter abre o returno e mostrará o que pretende fazer no Brasileirão. A partida é da 20ª rodada, apesar de ser o 19º compromisso colorado (o confronto com o Bragantino ficou para trás em razão da data-Fifa), mas para além do simbolismo de abrir a segunda metade da competição, trata-se de um jogo para definir as pretensões da equipe de Diego Aguirre.
Com os resultados paralelos, o Inter chega ao dia de seu jogo dois pontos acima da zona de rebaixamento. Há outros times entre si e o América-MG, atual 17º, mas em termos de pontuação, o cenário é esse. Da sexta posição, a primeira a dar vaga à Libertadores, a distância é de seis pontos. Mas como a tendência é de que, no mínimo, o sétimo colocado também vá para a competição continental por causa da Copa do Brasil, da Libertadores e da Sul-Americana, o cálculo pode ser feito com o Fluminense, que tem 28, cinco a mais, com dois jogos a mais também.
Esse achatamento da tabela, com pouca distância entre os integrantes do Z-4 e os postulantes ao G-6 deixa ainda mais necessária uma vitória do time gaúcho sobre os pernambucanos, que começam a noite na penúltima posição. Um resultado negativo na Ilha do Retiro fará o Inter olhar para baixo e repensar seu futuro na competição.
— Estamos nos preparando para o jogo de segunda-feira, que será muito importante. Precisamos, urgentemente, dos três pontos — sentenciou o centroavante Paolo Guerrero, reintegrado ao grupo depois de jogar pela seleção peruana.
A equipe até vem em uma sequência positiva, são cinco jogos de invencibilidade, com duas vitórias e três empates. Mas agora um empate só pode não bastar para dar o salto que a equipe precisa na tabela.
— Estamos há cinco jogos sem perder, o que é uma coisa boa, precisamos trabalhar. Vamos tentar pontuar o máximo possível — ampliou o goleiro Daniel.
O Inter sabe que precisa melhorar seu retrospecto contra as equipes de baixo. O próprio Sport é um exemplo disso: no primeiro turno, ainda comandado por Miguel Ángel Ramírez, o time teve um ótimo começo, abriu 2 a 0, mas permitiu o empate. No final, teve um gol polêmico anulado, após o bandeirinha enxergar uma saída de bola em um cruzamento que bateu na trave e voltou para Galhardo completar.
Daquele 30 de maio até esse 13 de setembro, quantas mudanças. Em três meses e meio, o Inter mudou de treinador, caiu das outras duas competições que disputava e oscilou no Brasileirão. O time que o espanhol havia escalado naquela partida: Marcelo Lomba, Saravia, Lucas Ribeiro, Cuesta e Moisés; Lindoso, Edenilson (Nonato), Mauricio (Praxedes); Taison (Palacios), Yuri Alberto (Thiago Galhardo) e Caio Vidal (Patrick).
Hoje em dia, Lomba não é mais o titular, Lucas Ribeiro está em vias de deixar o clube, Praxedes, Nonato e Galhardo saíram. Taison está lesionado e Palacios, suspenso. Patrick voltou a ser titular, Caio, banco. Mauricio será titular em razão dessas ausências.
A forma de jogar também foi alterada. Ramírez buscava um time que controlasse a bola a qualquer custo, Aguirre prefere baixar as linha e contra-atacar em alta velocidade. De uma forma ou de outra, a obrigação de vencer o Sport permanece a mesma. Ainda mais pelo histórico recente: no Brasileirão passado, o Inter ganhou na Ilha por 5 a 3 mas perdeu em casa, já na reta final, por 2 a 1, em um jogo considerado chave para não ter vencido o campeonato.
Razões não faltam para o Inter buscar um resultado melhor no Recife. A hora é de mostrar a que veio o time nessa abertura de segundo turno. Se o restante do Brasileirão servirá para olhar para cima ou para baixo.