Os Rodrigos estão em alta no Inter. Com Lindoso e Dourado como titulares, a equipe conquistou pela primeira vez duas vitórias seguidas nesta edição do Campeonato Brasileiro. Além disso, o time marcou oito gols contra Flamengo, no Maracanã, e Fluminense, no Beira-Rio. Por isso, o técnico Diego Aguirre dará sequência aos volantes contra o Santos, domingo (22), pela 17ª rodada da competição.
— Foi uma opção muito boa. Rodrigo Lindoso foi importante. Pensamos nele para o jogo contra o Flamengo porque tínhamos que reforçar a parte defensiva, enfrentamos talvez o melhor time no momento e achamos que era necessário reforçar a metade do campo com o Lindoso, um jogador com experiência, que se posiciona bem e que sabe jogar. Foi uma boa opção e o time respondeu bem — destacou Aguirre após a vitória sobre o Flu, no domingo passado.
Nos dois jogos em que Lindoso e Dourado atuaram juntos no meio-campo colorado, foram oito bolas na rede adversária. Ou seja, 40% dos gols marcados pelo Inter, que tem 20 ao todo no campeonato. Porém, com eles, a equipe mudou o seu jeito de jogar e abriu mão de ter a posse de bola.
Contra o Flamengo, no Rio, o time de Aguirre teve 37% da posse de bola. Diante do Fluminense, 36%. O estilo reativo, que já havia dado certo na equipe sob o comando de Odair Hellmann e Abel Braga, libera mais Edenilson e Patrick para chegarem ao ataque e se somarem a Taison e Yuri Alberto, que cresceram nos últimos jogos.
— Acho que o time vai tomando uma identidade. Muita coisa boa está acontecendo. Fizemos oito gols no últimos dois jogos, duas vitorias consecutivas. Então, aos poucos as coisas vão melhorando e talvez alguma injustiça que sofremos por perder algumas situações estamos conseguindo. A identidade do time está clara, e aos poucos vai se afirmando — disse o treinador.
A estratégia com Lindoso e Dourado, porém, terá de ser repensada contra adversários mais fechados. Contra o Santos, na Vila Belmiro, no fim de semana, a dupla será mantida. O técnico Fernando Diniz é adepto de um jogo mais ofensivo, que valoriza a posse de bola. Situação, essa, que privilegia a presença dos dois volantes no Inter, com o time saindo em transição rápida para o ataque. Mas na outra semana, contra o Atlético-GO, talvez Aguirre tenha de pensar em alguma alternativa.
— Acho que ideia vai depender do jogo. Haverá partidas em que dois volantes posicionados não vão contribuir nem para o Taison nem para o Edenilson e o Patrick proporem jogo. Será preciso uma outra dinâmica. Contra o Santos, um time que sai para o jogo, tudo bem, pode ser, porque está funcionando, especialmente com o Edenilson chegando mais à frente. Mas vai ter alguma partidas em que vai ser um problema essa ideia, por isso acho que tem de ver jogo a jogo — destaca Diogo Olivier, colunista de GZH e comentarista da Rádio Gaúcha.