Apresentado nesta segunda-feira (21) como técnico do Inter para o restante da temporada, Diego Aguirre terá a missão de recuperar o bom futebol que a equipe deixou de jogar nos últimos meses. Com o empate diante do Ceará, no domingo, o time chegou a seis partidas sem vitórias no Beira-Rio. Para piorar, não marca um gol em jogada construída com a bola rolando desde 20 de maio, quando Yuri Alberto balançou a rede do Olimpia.
Com a eliminação na Copa do Brasil, Aguirre terá as disputas do Brasileirão e da Libertadores até o final do ano. Deve estrear na próxima quinta-feira, diante da Chapecoense, na Arena Condá. GZH separou cinco pontos que o treinador terá de corrigir para o time buscar melhores resultados em 2021.
1. Falta de criatividade
A armação das jogadas tem sido um problema para o Inter desde o início de maio. Após emendar quatro vitórias em sequência dentro de casa, o Colorado passou a sofrer com a falta de criatividade do seu setor de meio-campo. No Campeonato Brasileiro, são cinco cinco gols, com média de um por partida, sendo que três foram marcados de pênalti. Os outros dois também vieram de bola parada — um após cobrança de falta e outro de escanteio.
Contra o Ceará, a equipe teve 62% da posse de bola e mesmo assim finalizou 10 vezes, contra 14 do adversário. Mesmo quando venceu o Bahia, na terceira rodada, chutou muito menos do que os baianos: 14 a 6 no fundamento.
2. Transição defensiva
Um problema diagnosticado ainda com o técnico Miguel Ángel Ramírez, mesmo nos melhores momentos do time na temporada, é a transição da defesa para o ataque. A saída de bola colorada é considerada lenta e a posse passa muito tempo com os defensores. Esse, inclusive, era um dos pontos fortes do Inter em temporadas anteriores, quando atuava com uma postura mais reativa.
3. Falta de pontaria
Se a falta de criatividade tem sido um problema, a pontaria colorada também preocupa. Contra o Atlético-MG, por exemplo, Edenilson e Thiago Galhardo tiveram chances claras de marcar e não conseguiram. Enquanto o meio-campista finalizou para fora, o centroavante tentou driblar o goleiro e foi desarmado pela defesa atleticana. Os lances custaram o resultado dentro de casa. Diante do Ceará, das 10 finalizações apenas três foram em direção ao gol.
4. Expulsões
O Inter é o time da Série A que mais recebeu cartões vermelhos em 2021, com 11 expulsões na temporada. E as advertências nem sempre foram por faltas. Os goleiros Vitor Hugo e Daniel, por exemplo, foram retirados do jogo mesmo estando no banco de reservas. Yuri Alberto foi expulso em jogo em que havia recebido cartão amarelo por ter tirado a camiseta. Víctor Cuesta, por exemplo, envolveu-se em confusão com jogador do Aimoré.
5. Gols sofridos
A defesa também tem sido um problema para o Inter nesta temporada. Dos cinco jogos do Brasileirão, apenas contra o Bahia o Colorado escapou sem levar gols. Além disso, é o time mais vazado do campeonato, com nove gols sofridos – Juventude e Bragantino aparecem logo atrás, com oito.
Na decisão do Campeonato Gaúcho, o time viu o rival marcar duas vezes no segundo tempo para conquistar a virada. Já na eliminação na Copa do Brasil, o Vitória se aproveitou da expulsão de Pedro Henrique para balançar as redes três vezes e sair do Beira-Rio com a classificação.
