O técnico Diego Aguirre foi apresentado pelo Inter no início da tarde desta segunda-feira (21). Seis anos depois de comandar o clube pela primeira vez, no início da temporada 2015, ele retorna com a missão de recolocar o time no caminho das conquistas e garante se sentir em casa no Beira-Rio.
— Estou muito feliz de voltar à casa. Uma emoção muito grande de voltar. Lembro que, quando era menino, o Inter abriu as portas para mim no futebol brasileiro. Em 2015, abriu as portas novamente como treinador, e agora, novamente, estou em casa. Ficaram algumas coisas importantes e boas para fazer. Tenho convicção total de que vamos viver juntos muitas coisas boas — disse Aguirre em sua manifestação inicial, antes de responder às perguntas dos jornalistas.
Ao lado do presidente Alessandro Barcellos, do vice de futebol João Patrício Herrmann e do executivo Paulo Bracks, o uruguaio deixou claro que tem consciência do desafio de assumir o Inter neste momento. Aguirre garantiu que a ideia é recuperar a identidade do clube:
— Um time de luta, de garra, de entrega total. Temos de fazer também um bom futebol.
O treinador uruguaio foi anunciado no sábado, chegou a Porto Alegre no domingo e acompanhou no Beira-Rio o empate com o Ceará, em 1 a 1. Ele não quis comentar sobre a partida, mas assegurou que assistiu aos últimos jogos da equipe e confia na qualidade dos jogadores colorados.
— Prefiro não falar sobre o passado. Assisti aos últimos cinco jogos. Não foi um bom jogo, mas são coisas que acontecem. O importante é olhar para frente e pensar no próximo jogo — afirmou o novo comandante, que acrescentou:
— Primeira coisa que eu acho importante é recuperar a identidade. Temos um plantel muito bom, com qualidade. São eles que foram vice-campeões brasileiros há poucos meses. Agora, estão em uma fase que não é a melhor. Temos de recuperar.
Aguirre lembrou, ainda, a passagem pelo clube em 2015. Segundo ele, está mais preparado hoje do que há seis anos, embora entenda que fez um bom trabalho à frente da equipe naquele momento.
— Cada trabalho, vamos pegando experiência. Fizemos um grande trabalho. Ganhamos o Gauchão do Grêmio, chegamos à semifinal da Libertadores, lançamos muitos jogadores jovens. Lembro muitas coisas boas de 2015. Faltou, talvez, o título da Libertadores — pontuou.
O novo técnico colorado foi questionado, também, sobre o modelo de jogo que pretende colocar em prática no Inter. Sem falar em questões táticas, o treinador uruguaio prometeu que entrega e dedicação não irão faltar:
— Gostaria de ser um time protagonista, de pressão, de dinâmica, que joga um bom futebol, mas que tenha a identidade do Inter, que não perca as coisas que tem há muitos anos.
Aguirre respondeu, ainda, sobre a preparação física da equipe, apontada como um dos problemas do seu Inter de 2015. Com o retorno de Fernando Piñatares junto com ele ao clube, garantiu que essa questão foi levantada apenas no Rio Grande do Sul, e que a chegada de Paulo Paixão também ajudará a equipe.
— Somente aqui tivemos essas críticas ao preparador físico. Em todo momento, me senti muito tranquilo. Já trabalhamos em times grandes, e todas experiências foram boas — justificou.
Ao final da entrevista, Aguirre ressaltou que ainda não teve contato com o grupo de jogadores e isso só deverá ocorrer na terça-feira, quando dará o primeiro treinamento como novo técnico da equipe. O uruguaio assegurou que está consciente da pressão pelos resultados e, especialmente, por títulos:
— Obviamente, tentaremos o mais rápido possível que voltem os resultados, as vitórias, e uma coisa leva para outra. Nós teremos dois objetivos pela frente, claramente o Brasileiro e a Libertadores. Vamos estar focados em cada jogo para que o nível volte ao que é possível.