O Inter foi até a Arena com a necessidade da vitória para ficar com o título do Gauchão, mas, com o empate em 1 a 1 com o Grêmio, teve de se contentar com o vice-campeonato. Ao final da partida, o técnico Miguel Ángel Ramírez falou sobre a perda do Estadual, destacando a dificuldade encontrada depois da derrota no Beira-Rio.
— Na eliminatória, começamos perdendo em casa, o que é complicado. Depois do 1 a 0, no Beira-Rio, deixamos de jogar como queríamos. Passamos a fazer outra coisa. Deixamos de jogar na tentativa de guardar o que não tínhamos. Com o 1 a 1 (na ida), voltamos ao plano de jogo. Não sei se merecíamos perder. Acho que tivemos mérito para, no mínimo, empatar — pontuou.
No confronto deste domingo (23), Ramírez viu o Inter superior antes das expulsões de Yuri Alberto, pelo lado colorado, e Rafinha, pelo lado tricolor, que acabaram mudando o rumo de decisão na visão do treinador.
— Estávamos tendo a sensação de que ganharíamos a partida. O Grêmio não estava sendo capaz de resolver o que estávamos fazendo. No 10 contra 10, em uma bola nos acréscimos, eles fizeram o gol. Creio que não foi merecido. (Antes da expulsões) Estávamos sendo superiores. Estávamos fiéis ao modelo de jogo. Tomara que possamos estabelecer essa dinâmica — projetou.
Ramírez negou que o desgaste dos jogadores possa ter influenciado no duelo diante do maior rival. Ele também esclareceu a ausência do zagueiro Cuesta do time titular. O argentino permaneceu os 90 minutos no banco de reservas por conta de desconforto no tornozelo.
— Cuesta jogou infiltrado no Paraguai, com uma moléstia profunda. Jogou com dores. Não era possível repetir. Duas partidas assim, em quatro dias, poderíamos perder ele por muito tempo. Não queríamos isso — concluiu.