Bastou uma derrota para voltarmos a ver toda aquela coisa da “terra arrasada” no Internacional. Com todo o respeito às opiniões divergentes, é impossível se analisar o desempenho de um time de futebol quando um fator externo muda completamente a capacidade física e até mental dos atletas.
Perder na altitude é normal. Raro é vencer. Você sabia que a seleção que mais venceu o Brasil nas Eliminatórias da Copa do Mundo é a Bolívia? E que todas as vitórias foram jogando acima de 3,6 mil metros? Você acha normal a seleção argentina, com Messi, levar seis? O River de Gallardo levar três? O Flamengo de 2020 levar cinco?
Pela Libertadores, equipes brasileiras ficaram 37 anos sem vencer um jogo sequer em La Paz. Todos esses resultados aconteceram em jogos na altitude. Será só coincidência? Claro que não.
Veja a curva descendente da bola no primeiro gol do Always Ready. Aquilo não é normal. É claro que, no mesmo lance, há uma liberdade muito grande para o chute, ao mesmo tempo em que havia bastante gente pra marcar. Isso, sim, podemos e devemos contestar. Mas sem esquecer que o ar “já não vinha” no segundo tempo.
Certeza de melhor rendimento
Perdemos um jogo em que era previsível perder. As próximas partidas do grupo não terão esse fator decisivo contra nós. Tenho certeza de que o time renderá muito mais.
Temos total condição de ainda buscar a classificação em primeiro lugar. Criticar o trabalho de Miguel Ángel Ramírez antes dos próximos jogos, que ocorrerão em condições normais, me parece muito precipitado.