Em uma partida fundamental para ficar mais próximo do título brasileiro, o Inter precisará que seus pilares repitam os desempenhos recentes. Edenilson e Patrick são os maiores exemplos de um time que, se nem sempre é brilhante, jamais deixa de competir. E isso será fundamental no confronto das 19h, diante do Sport, no Beira-Rio, na qual uma vitória deixará a equipe com quatro pontos de vantagem sobre o Flamengo, segundo colocado, faltando três rodadas para o fim da competição.
Os dois jogadores acumulam funções. São partes fundamentais tanto na fase defensiva quanto na ofensiva. Marcam com a mesma intensidade que atacam. Recompõem na mesma medida que criam. Prova disso é que têm bons números em fundamentos de defesa, como desarmes (ambos ostentam média superior a duas recuperações de bola por jogo), e na frente: juntos somam 10 gols e nove assistências.
— Edenilson e Patrick são as peças chave do Inter. Com eles, o time tem dinamismo, velocidade, adaptação ao jogo. São os caras que fazem a equipe andar. Correm o campo todo, mas com inteligência. Não é correr por correr — elogiou o ex-volante Wellington Monteiro, campeão mundial de 2006 comandado por Abel Braga.
O treinador manteve a dupla que começou a jogar junta ainda com Odair Hellmann em 2018, seguiu com Zé Ricardo, foi readaptada com Eduardo Coudet. Patrick, principalmente, deixou de ser um volante pela esquerda e virou praticamente um ponta, jogando aberto, mas em uma linha mais ofensiva. Edenilson continuou com sua função de área a área.
Com isso, tiveram mais liberdade ofensiva. Edenilson e Patrick foram os autores dos três últimos gols, contra Grêmio e Bragantino. Com isso, ganharam também reconhecimento nacional, com elogios de analistas de todo o país. Edenilson, por exemplo, está na atual seleção da Bola de Prata, um dos prêmios mais tradicionais do futebol brasileiro. Após 34 rodadas, forma o meio-campo com Gerson e Arrascaeta (ambos do Flamengo) e Claudinho (do Bragantino).
— Quero somar mais um, porque não posso deixar passar. Rodrigo Dourado retornou agora, veio de uma lesão difícil, voltou mais maduro, mais eficiente e até mais concentrado. Ele ajudou o time a mudar de figura — ampliou Wellington Monteiro.
De fato, há uma estatística marcante. Sempre que o trio jogou junto, o Inter saiu de campo vencedor. Foram sete jogos, 100% de aproveitamento e 11 participações diretas no placar, seja com gols ou com assistências. Seguindo nessa média poderão atingir o objetivo há tanto buscado.
— O clube não conquista o Brasileirão há mais de 40 anos, sabemos da nossa responsabilidade, sabemos que está perto, mas sabemos também que será jogo a jogo e que não tem jogo fácil. A gente vai fazer nosso melhor para buscar os três pontos — disse Edenilson.
Se a vantagem vier, o Inter terá mais um número aliado: desde que o Brasileirão é disputado no sistema de pontos corridos, nunca uma equipe que abriu quatro pontos de vantagem a três rodadas do fim deixou de ser campeã. Além disso, dependendo dos resultados paralelos, poderá até antecipar a conquista para o próximo final de semana.
Por tudo isso, está claro: o jogo é grande demais para que haja desconcentração em razão da má situação do adversário. É jogo para foco total, dedicação exclusiva e muita correria inteligente. É jogo para Edenilson e Patrick.
No Brasileirão
Patrick
- 30 jogos
- 2379 minutos
- 5 gols
- 4 assistências
- 4 recuperações de posse por jogo
Edenilson
- 29 jogos
- 2426 minutos
- 5 gols
- 5 assistências
- 3 recuperações de posse por jogo