Titular no Gre-Nal 428, Uendel deve seguir na lateral esquerda do Inter nas próximas rodadas. Moisés segue em recuperação de covid-19 e Léo Borges virou o reserva imediato. Também pela mesma doença, o jogador foi afastado por 10 dias dos treinamentos no CT Parque Gigante e conta que sentiu sintomas após a derrota para o Fortaleza.
— Quando voltei, já estava sentindo dor muscular no corpo inteiro, um pouco de dor de cabeça. Na folga de domingo fiquei de cama o dia inteiro. Na segunda refizemos os testes, já estava sem paladar, sem olfato, com coriza e fiquei afastado por precaução. Teve dois ou três dias com dores mais fortes do que o normal em uma gripe — relatou o jogador.
Alçado ao time já na última rodada contra o maior rival, o atleta de 31 anos disse que sentiu cansaço no segundo tempo, mas imagina que não seja reflexo da doença, mas sim por ter ficado muito tempo afastado das partidas. Antes de testar positivo para o coronavírus, ele ficou quase dois meses sem atuar por conta de fascite plantar.
A experiência de Uendel pesa. Tendo passado por diversos clubes no futebol brasileiro, ele relata que o grupo do Inter tem conhecimento do momento político que a instituição está passando, mas garante: não há interferência no desempenho.
— Apesar de parecer não vivemos numa bolha. A gente conversa sobre o que acontece no clube. Tem jogadores que conversam mais e outros menos. Isso é normal. Falar para você que interfere dentro de campo em rendimento, por mim, pela experiência que tenho, falo que não interfere — confessa.
Amigo de Edenilson desde os tempos de Corinthians, ele torce pela resolução da permanência do companheiro o quanto antes. Porém, sabe que é normal um atleta receber propostas quando atua em alto nível.
O lateral ainda destacou o posicionamento que tem sob o comando de Eduardo Coudet. Segundo o ala, o estilo é diferente que o habitual:
— Não pode abrir questões táticas, treinador não gosta que fale muito, mas têm detalhes diferentes dos outros. O lateral joga quase como um ponta e em outras situações tem que descer quase ao lado dos zagueiros na saída de bola. São detalhes que ele pede dependendo da posição da bola ou tipo de jogada. Pede que se tenha infiltração quase como um atacante, às vezes mais como um construtor. Dificilmente ele pede que vá por dentro, gosta de amplitudes com os laterais — disse.