Thiago Galhardo vinha sendo umas das surpresas do time do Inter em 2020. Antes da parada por conta do coronavírus, o meia de 30 anos foi titular no clássico Gre-Nal válido pela Libertadores, deixando D'Alessandro como opção no banco. Desde que chegou ao Colorado, foram 12 partidas disputadas e quatro gols marcados.
Em entrevista ao programa Paredão do Guerrinha, da Rádio Gaúcha, que vai ao ar no próximo sábado (18), o jogador falou sobre como está se mantendo em forma neste período sem futebol.
— Eu estou conseguindo manter a forma em casa. Fiquei em Porto Alegre até o dia 1º de abril e consegui montar o mínimo necessário para que eu pudesse pelo menos não ficar parado. Agora eu vim para Minas Gerais junto com a minha família e o Athetic (clube de São João Del Rei que disputa a segunda divisão do Mineiro) me ofereceu toda a estrutura para que eu pudesse fazer os trabalhos. Então eu tenho conseguido cumprir toda a cartilha que o Inter passou — destacou.
Sobre a carreira, Galhardo relembrou o início no Bangu. Ele recém havia passado em um concurso federal quando aceitou fazer um teste na equipe carioca. A mãe foi a única apoiar a decisão. A escolha deu certo. As boas atuações fizeram com que fosse contratado pelo Botafogo em 2011. No clube, o atleta mudou de posição, passando a atuar de forma mais adiantada.
— Eu jogava como volante. Fui contratado pelo Botafogo, pelo Joel Santana. Ele caiu e assumiu o Caio Júnior. Teve um amistoso contra o América-MG eu fiz um gol e começou a ser discutido a possibilidade de eu jogar de 10. Eu não gostava, tinha a ideia de não querer jogar de costas. Mas ele me colocou e foi um desafio. Eu gostei. Até que em 2016, no Red Bull, eu assumi essa função de 10, centralizado. Espero continuar até o último dia da minha carreira — contou.
Depois de atuar no futebol japonês, Galhardo retornou ao Brasil para jogar no Vasco. A passagem pela equipe ficou marcada pela saída conturbada, por conta do atraso de salários. A boa temporada de 2018, no entanto, rendeu o interesse do Inter, que tentou a sua contratação no final daquele ano.
— O Inter me procurou no final de 2018, mas o Vasco não aceitou a negociação. Terminei o ano muito bem e acabou não dando certo. Então, um ano depois voltaram as conversas. Eu tive várias propostas e pude escolher o Inter. Isso me deu uma alegria muito grande. Eu perguntei para alguns amigos sobre a estrutura do clube e quando cheguei aqui tive a certeza que tomei a melhor decisão da minha vida — afirmou.
Já pensando em uma futura aposentadoria dos gramados, Galhardo cursa atualmente a faculdade de Educação Física e tem o objetivo de continuar trabalhando com futebol. Antes, a expectativa é pela conquista de títulos no Inter. Independentemente de ser titular ou reserva, o meia elogiou o trabalho realizado pelo técnico Eduardo Coudet e o padrão que o treinador conseguir implantar mesmo com pouco tempo de trabalho.
— O time estava numa crescente, todos os jogadores entenderam bem o trabalho do Coudet. A evolução era evidente. Sendo um trabalho novo, a nossa evolução era muito boa. É muito cedo para falar qualquer coisa (sobre titularidade). Com o Coudet não tem titular ou reserva. Eu vou continuar me empenhando e a hora que tiver um minuto ou 90 vou estar disponível — concluiu.