Os incidentes na estreia do Inter na Libertadores — o empate em 0 a 0 com a Universidad de Chile, em Santiago, na terça-feira (4) — mobilizaram a presidência, os departamentos jurídico e o de administração e outros setores da diretoria colorada. No dia seguinte aos tumultos, reuniões encaminharam a redação de um ofício que será remetido nesta quinta (6) à Conmebol.
O documento relata os transtornos provocados pelos protestos nas arquibancadas — houve fogo e arremesso de cadeiras contra a polícia, por exemplo — e pede à Conmebol a apuração minuciosa dos fatos que envolvem a segurança durante a realização de partidas no Chile. O Inter também relembra que a crise social no país, que transferiu a sede da final da Libertadores de 2019 para Lima, no Peru, tem reflexos no futebol desde o ano passado.
O Inter não demandará diretamente a Universidad de Chile. Cabe à Conmebol a abertura de processo disciplinar, como tem feito nas competições quando fatos similares ocorrem. Na quarta, o lateral-esquerdo Moisés também se pronunciou sobre a situação:
— Com certeza, atrapalhou muito durante o segundo tempo da partida. Uma situação delicada, lamentável. Tirou totalmente nossa concentração. É claro que passa a ficar concentrado não só no jogo, mas no que vem na arquibancada. Vandalismo, fogo, incêndio. Era preocupação para o Lomba, que nem olha totalmente para o campo em alguns lances. Espero que a Conmebol trate isso com maior atenção. Mas claro que isso não é desculpa para o resultado.
O jogo de volta contra a La U está marcado para a próxima terça (11), às 19h15min, no Beira-Rio. O Inter precisa vencer para ficar com a vaga à próxima fase da Libertadores no tempo normal. Um novo empate sem gols leva a decisão para os pênaltis.