O elenco do Inter se reapresentou nesta quarta chamando mais atenção pelas ausências — mais de 20 jogadores deixaram o clube — do que pelas contratações até o momento. A partir de agora, Eduardo Coudet e os comandados que restaram terão muito pouco tempo para definir uma escalação, acertar o time e encontrar um novo padrão de jogo. Por isso, o título do Gauchão deveria ser encarado como uma meta desejável, mas não uma prioridade.
A competição regional, com todo o respeito que merece, valeria mais como laboratório, para testar atletas e verificar quais guris da base podem ganhar espaço entre os titulares, do que como um objetivo isolado. É verdade que o Colorado anda em uma seca de conquistas e, num cenário desses, o simples fato de superar o rival em uma competição já é alguma coisa.
Mas tudo o que um colorado fizer este ano, inclusive o torcedor, deve ter uma única meta: a Libertadores. O que comer, que horas dormir, quantas camisas novas da Adidas comprar, tudo deve ser pesado levando em conta o que é melhor para o Inter na competição continental.
Achar logo o time
Hoje em dia, é mais fácil vencer Libertadores do que o Brasileirão. O campeonato nacional é longo, exige elenco forte, com ao menos quatro ou cinco reservas em nível de titularidade. É uma pedreira sem fim.
No torneio sul-americano, é fundamental achar logo o time, evitar o vexame de uma eliminação precoce, fazer frente ao rival na fase de grupos e partir com confiança para o mata-mata. Se para isso for necessário sacrificar o Gauchão fazendo experiências, paciência.