Não é pouco o trabalho que a nova comissão técnica tem pela frente: remontar o time, entrosar o elenco, implantar uma nova filosofia de jogo. Mas há outra missão importante a cumprir. É preciso resgatar a confiança que foi abalada desde a derrota na final da Copa do Brasil dentro do estádio Beira-Rio.
Em poucos esportes a confiança, esse sentimento que firma a perna e clareia os pensamentos, é tão importante quanto no futebol. Não sei se viram a partida de alguns dias atrás entre Liverpool e Tottenham. Mas há um reserva do Liverpool, Origi, que não é exatamente um craque. Lá pelas tantas ele entrou em campo e fez um drible diante da grande área adversária digno de um Ronaldo, de um Nilmar, de um D’Alessandro. O que potencializou o talento dele? A confiança. Ele sabe que joga no maior time da atualidade. Sabe que, se errar, a equipe não vai perder. Tem certeza de que a torcida não vai vaiar.
Um dos problemas do Inter nos últimos anos é que a confiança se quebra facilmente. Aí tudo piora. O grande jogador vira mediano, o mediano fica ruim, o ruim continua igual. Quando a moral está em alta, vira um ciclo virtuoso: o time joga melhor, e o moral aumenta mais ainda.
Não é algo que vá transformar times fracos em campeões, mas pode fazer a diferença entre equipes semelhantes de alto nível. O desempenho colorado antes e depois da Copa do Brasil mostra isso.
Até a próxima!
A partir de amanhã retorna o titular da coluna. Muito obrigado a todos pela companhia e pela paciência.