Está estabelecido um paralelismo entre meio-campistas do Inter. De um lado está Rodrigo Dourado, titular e capitão do time, mas que, desde maio, vem enfrentando problemas no joelho esquerdo. Precisou, inclusive, passar por artroscopia. Do outro, alguém que há mais tempo está parado, o meia Matheus Galdezani que rompeu os ligamentos do joelho direito no seu primeiro treinamento no clube, no dia 19 de janeiro e que também passou por cirurgia. O comparativo, quase uma disputa, se dá para ver quem retorna antes aos treinamentos com o grupo do técnico Odair Hellmann.
Dourado chegou treinar em Atibaia com os companheiros durante a Copa América. Voltou a sentir dores, jogou sem as melhores condições contra o Palmeiras pela Copa do Brasil em São Paulo e não atuou mais. Os médicos passaram a evitar qualquer tipo de previsão quanto ao seu retorno. A única garantia deles é de que não seria necessária uma nova cirurgia. Nesta segunda-feira (2), o volante não foi visto no campo. Seu caso ainda está por conta dos fisioterapeutas para depois passar para o coordenador de preparação física Elio Carravetta. Pelo cronograma normal, o jogador precisará fazer o chamado "retreinamento", uma vez que, durante um tempo, teve de parar com todas as atividades. Primeiro ele fará uma série de exercícios sem bola e só depois começarão as atividades de campo.
Igualmente sem previsão de retorno, Matheus Galdezani já está trabalhando há seis dias com Carravetta. As atividades desta segunda foram de reforço de musculatura na caixa de areia. O maior desafio, diferente do caso de Dourado, será o de readquirir ritmo de jogo. Até agora a evolução é considerada positiva, sem relato de dores. Ainda que não haja previsão definitiva, é possível que nas próximas semanas, o jogador já possa estar no campo, sendo finalmente observado por Odair Hellmann.
Independentemente de toda a cautela mantida por médicos e pela comissão técnica do Inter, há a esperança de contar com os dois jogadores no segundo turno do Brasileirão. Para a Copa do Brasil, caso o Inter se classifique para a decisão, não há uma perspectiva concreta de nenhum destes retornos. Neste caso, a atenção maior seria por uma volta de Rodrigo Dourado, pela importância que tem no elenco. Já Matheus Galdezani, ainda que que reúna condições de jogar antes de Dourado, não estará presente numa eventual final por necessitar ainda de um período de adaptação maior ao grupo.