Ganhar títulos até o fim do próximo ano é a meta do diretor-executivo de futebol do Inter, Rodrigo Caetano, agora de contrato renovado até dezembro de 2020. Há 16 meses no Beira-Rio, o dirigente considera um "case de sucesso" o trabalho que desempenhou no Vasco entre 2009 e 2011, marcado pela conquista da Copa do Brasil e pelo vice-campeonato brasileiro. O profissional lembra ainda que a reconstrução de um clube pode levar até quatro anos e ressalta a confiança no trabalho do técnico Odair Hellmann.
— Nessas finais da Copa do Brasil, eu lembrava muito da situação que vivi no Vasco. Cheguei ao clube em janeiro de 2009, no ano seguinte ao do rebaixamento. Foi uma reconstrução quase total. Fomos campeões da Série B com muita facilidade. O retorno à Série A teve dificuldades, obviamente, mas foi uma competição tranquila e que culminou com aquele grande ano de 2011. Esse ciclo de reconstrução requer de três a quatro anos. Tínhamos essa estimativa em 2011 no Vasco e acredito que foi um case de sucesso, porque em 2011 não fomos apenas campeões da Copa do Brasil, mas também vice-campeões brasileiros. Um clube com tradição precisa estar no topo, disputando as competições e em condições de conquistá-las. O Inter retomou isso esse ano. Talvez não tenhamos fechado com chave de ouro por termos deixado escapar a Copa do Brasil, mas isso não diminui em nada o nosso desafio e o nosso comprometimento. Só tem um jeito de continuar, que é conquistar a vaga na Libertadores, disputar o título do Brasileirão até o final e abrir novamente esse leque de opções para 2020. Espero que esse ciclo que já vivenciei em outras equipes possa se repetir aqui no Inter — afirmou Rodrigo Caetano, em entrevista à GaúchaZH, na concentração colorada, no Rio de Janeiro.
Campeão da Copa do Brasil em 2011, o Vasco dirigido por Rodrigo Caetano tinha nomes como o goleiro Fernando Prass, os zagueiros Luan e Dedé, o lateral Fagner, o volante Allan e os meias Felipe e Diego Souza. Já em 2012, o dirigente conduziu o Fluminense à conquista do Brasileirão, com um time treinado por Abel Braga e que tinha nomes como Deco, Thiago Neves e Fred, além do lateral Bruno e do atacante Rafael Sobis, hoje atletas do Inter.
Em 2017, no comando do Flamengo, Caetano dirigiu o grupo vice-campeão da Copa do Brasil e da Copa Sul-Americana. Já no Inter, para o fim de 2019 e para a temporada 2020, o foco será a conquista de grandes títulos.
— A cobrança interna é muito grande. Sabemos o clube em que estamos. Quando se percorre todo esse trajeto e não se confirma na final, é óbvio que fica mais doloroso. Mas, quando você está em um clube do tamanho do Inter, a cobrança por título vai existir. Agora, não é por conta desse insucesso que nós vamos fazer uma avaliação de que está tudo errado. Mesmo ganhando, sabemos que temos que fazer ajustes. E o momento em que vamos fazer ajustes será ao final da temporada. Nossa obrigação é evoluir para, em 2020, estarmos melhor do que agora. Temos de disputar os títulos sempre. Porque, disputando, vamos estar próximos de conquistar também — completou o dirigente.
Odair em 2020?
Rodrigo Caetano também ressaltou a confiança no trabalho do técnico Odair Hellmann. No entanto, afirmou que o momento de tratar de uma eventual renovação de contrato para 2020 ainda não é agora.
— Não temos ainda o nosso calendário firmado para 2020, vamos depender da nossa performance no returno do Brasileiro. O Odair tem a confiança de todos, é o técnico do Inter e está realizando um excelente trabalho. Nós conversamos internamente aqui sobre os objetivos que temos traçados e, por isso, ainda não é o momento ideal de iniciarmos essa conversa. Assim como aconteceu no ano passado, o contrato dele foi renovado em dezembro. No momento certo, a gente vai sentar, vai avaliar e vai ver a respeito disso. Mas, sem sombra de dúvidas, o Odair tem a nossa total confiança. Ele é colorado e quer permanecer no Inter, mas temos algumas etapas a serem cumpridas que passam obrigatoriamente pelo Campeonato Brasileiro — finalizou o executivo colorado.