Toda eliminação é dolorida. Algumas, um pouco mais. O otimismo antes de o jogo começar, na quarta-feira, se justifica apenas pela paixão que nos move. Nós, colorados, sempre acreditamos no Inter. Mesmo que a vantagem do adversário fosse evidente no placar e na qualidade técnica, lá estávamos, batendo novo recorde de público na nossa casa reformada.
Confesso que esperava mais do Inter, principalmente na parte inicial. O jogo não tinha completado um minuto e já tínhamos entregado a bola de maneira bisonha ao Flamengo duas vezes, que só não abriu o placar por causa de Marcelo Lomba. A apatia de alguns jogadores é injustificável num jogo em que a mobilização da torcida foi notícia no país inteiro.
O que mais um jogador precisa para dar a vida dentro de campo, do que um estádio inteiro cantando? Eu sei que do outro lado havia o melhor ataque do país. Mas só quero um pouco mais de concentração e de doação. Estou triste em não estar mais na Libertadores mas, considerando onde estávamos em 2017, ficarei bem satisfeito se conquistarmos a Copa do Brasil. Mas vamos precisar de algo a mais.
Mudar é preciso
Odair Hellmann tem menos de uma semana para arrumar o que não vem dando certo. O jogo é outro, o adversário também. Mas se os erros não forem corrigidos, nem a vantagem, que dessa vez é nossa, se sustentará. O Cruzeiro tem qualidade técnica bem parecida com a do Flamengo. Rogério Ceni fez isso renascer, os gols voltaram a ocorrer e o time recuperou a confiança. A mesma que havíamos adquirido e que foi decisiva no jogo do Mineirão. Sem ela, nossa vaga na final estará seriamente ameaçada.