O Inter venceu o Paysandu por 3 a 1 na noite desta quinta-feira (23), no primeiro duelo das oitavas de final da Copa do Brasil. Agora, a equipe de Odair Hellmann pode até mesmo perder por um gol no jogo de volta que ainda assim se classifica às quartas de final da competição. Apesar disso, o treinador afirma que não tem nada definido.
— Não encaminhamos nada ainda, não tem nada resolvido. Precisamos respeitar muito a equipe do Paysandu lá. Vivi dois anos lá, sei das dificuldades. Ano passado, enfrentamos o Remo e tivemos muitas dificuldades. Temos uma vantagem, mas faltam 90 minutos, precisamos de muita dedicação — alertou Odair.
O comandante colorado também falou que a vitória por 3 a 1 poderia ter sido ainda mais tranquila, dado o número de chances criadas pelo seu time.
— O placar talvez não tenha traduzido de fato o número de oportunidades. Criamos muitas oportunidades no primeiro tempo. O VAR anulou o segundo gol, e isso gera uma frustração, muda a característica do jogo. Conversamos no intervalo, quando posicionamos um pouco diferente e tomamos um gol de cruzamento, e mais uma vez, isso gera uma dificuldade. Mas criamos de todas as formas, perdemos gols tabelando e marcamos de bola aérea. O nosso volume de jogo criou o resultado — disse.
Desde a lesão de Patrick, Nonato ganhou uma vaga no time e vem repetindo boas atuações. Apesar de elogiar o jovem, o treinador tratou de evitar qualquer comparação entre os dois atletas, reiterando a importância de todos do grupo.
— Sem nominar jogador, todos os jogadores do plantel são muito importantes. Não quero comparar ninguém. Comparar Nonato e Patrick é injusto. Mesmo que eles façam a mesma função, eles são jogadores de características diferentes. Um tem força, imposição. Outro tem jogo de passe, dá volume ao jogo. Os dois têm a mesma importância, mas são diferentes — afirmou.
Confira outros trechos da entrevista coletiva de Odair Hellmann:
Substituição do Nico
"Invariavelmente, quando não tem problema de cartão, 75% das substituições são no ataque. Hoje, quando tomamos o gol, abri mão do lateral. O Nico, o Sobis, o Sarrafiore, o D'Alessandro, quando jogam na frente, você vai, invariavelmente, mexer algumas peças. O Nico entra nesse contexto. Nós precisávamos manter a força, manter a imposição. Hoje, o Sarrafiore entrou pra tentar o chute de fora da área".
Sampaoli (O Santos é o próximo adversário do Inter no Brasileiro)
"Eu conheço um pouco dos treinamentos dele. A maioria dos treinadores brasileiros utiliza esses métodos. Ele não conseguiu implementar essa filosofia mais ofensiva com a argentina na Copa do Mundo. Ele trabalha a construção de saída de bola desde o início. Vejo muitos treinadores com essa filosofia no Brasil. Não posso falar com 100% de certeza, mas ele busca esse equilíbrio entre defesa e ataque. Cada pessoa e cada treinador tem a sua característica. Vamos tentar buscar a vantagem dentro da deficiência que esse esquema dele apresenta, para tentar sair com a vitória".
Iago e Uendel
"O Iago e o Uendel são diferentes. O Iago é um jogador de uma valência física e intensidade impressionante. É bom tecnicamente, e vai evoluir ainda na carreira. Mas ele tem a capacidade física de ir lá, dar o passe, dar amplitude. Ele chega em dois, três, quatro segundos e recompõe. O Uendel tem isso, mas é através do passe, da posse. São características diferentes".
Zeca na esquerda?
"Vamos conversar. Se confirmar a venda do Iago, vamos sentar com a direção para ver as reposições. É uma questão técnica. É uma possibilidade. O Iago não saiu ainda, temos que ver o Iago. Nada é definitivo".
Time misto no jogo de volta?
"Certamente, se tivermos que fazer alguma mudança por estratégia ou por parte física, vamos fazr. Mas vamos com quem estiver em melhor condições. Não sentamos para planejar o jogo do Santos, mas quem estiver 100% dentro da análise do todo, vai jogar".