Com a vaga na Libertadores garantida com uma rodada de antecipação, o Inter fechou o ano que em voltou à elite com empate em 1 a 1 com o rebaixado Paraná, em Curitiba. Sem atingir sua melhor campanha na era dos pontos corridos, a única meta traçada para a última rodada do Brasileirão, o clube encerrou sua participação no campeonato de olho no planejamento para 2019, com a manutenção do técnico Odair Hellmann no Beira-Rio.
O discurso sobre o planejamento para 2019, porém, deve amenizar o balde de água fria no último jogo temporada: o Inter do ano que vem será mais forte do aquele que iniciou 2018. Quem garante é o vice-presidente de futebol, Roberto Melo:
– Foi um jogo que serviu para observação, mas prefiro falar mais do ano do que do jogo. A gente já vem trabalhando na avaliação do grupo. Temos feito reunião diárias com departamento de futebol junto com a comissão técnica, já pensando no nosso grupo e em como suprir nossas carências. Vamos ter, com certeza, um Inter mais forte iniciando 2019 em relação ao que começamos este ano – prometeu o dirigente.
Esse modelo de Inter mais forte passa pela manutenção de Odair Hellmann. Apesar de ter uma eleição pela frente – o sócio do Inter escolhe a nova direção no dia 8 de dezembro –, o presidente Marcelo Medeiros, ao lado de Roberto Melo, anunciou em suas redes sociais um compromisso firmado para a renovação do treinador para 2019, em caso de reeleição.
– É importante a continuidade. O trabalho do Odair é bem-feito, em um ano muito difícil. Soubemos suportar as dificuldades e passar por elas. Conseguimos brigar pelo título, chegamos à vaga direta na Libertadores, que não é consolo. Mas temos que valorizar. A continuidade do trabalho é importante, os jogadores acreditam e entendem o que o professor trabalhar. Agora, o Rodrigo (Caetano, diretor-executivo) vai começar a trabalhar forte – completou Melo.
Antes de pensar em novos nomes para 2019, Caetano focará em cinco que já estão no grupo colorado. A começar por Leandro Damião. Com 11 gols na temporada, o centroavante ficará sem clube no ano que vem e precisará negociar um novo modelo de contrato. Duas reuniões, em que clube e jogador expuseram suas realidades, já aconteceram. A terceira poderá ser definitiva e deve ocorrer já nesta semana. O discurso é que o Inter fará de tudo para manter a base do time que fez o torcedor ter expectativa de título para 2019. O centroavante, ao que tudo indica, é o caso mais fácil a ser definido.
Já Rossi terá de se reapresentar ao Shenzhen FC, da China. Os R$ 11 milhões pedidos pelo clube chinês para o Inter exercer a opção de compra estão fora de cogitação. Um novo empréstimo está sendo negociado, mas não avançou, de acordo com Melo. Caso semelhante também ao do lateral Fabiano. Pertencente ao campeão brasileiro Palmeiras, o Inter ainda não sabe quais são os planos de Felipão para o jogador.
Rithely talvez seja o que dará mais dor de cabeça para Caetano e Melo. O volante recuperou-se completamente da cirurgia no tornozelo, mas uma lesão muscular impediu que o Inter fizesse a avaliação se exerceria ou não a compra do jogador junto ao Sport, dono dos seus direitos. Agora, a direção negocia para estender a permanência do meio-campista em Porto Alegre até que seja possível vê-lo em campo:
– Rithely vem evoluindo dia após dia, mas na nossa avaliação não está 100% pronto. Talvez, a gente necessite de um prazo maior. Ele está pronto, mas precisamos observá-lo jogar. Vamos tentar estender o prazo (de permanência e observação) para o Gauchão – prometeu Melo.
O Estadual, aliás, servirá como um laboratório para Odair Hellmann. Até por isso que, inicialmente, os garotos da base – junto de Rithely – iniciarão a campanha que tentará a retomada do título do Gauchão. A ideia é que a pré-temporada tenha, pelo menos, 30 dias a partir do dia 3 de janeiro, data da reapresentação:
– Vamos agregar valor ao grupo, em número e em qualidade para o ano que vem. Sempre é importante para a qualidade e pelas individualidades. Montaremos um plano para usar o grupo de forma que a gente possa fazer uma pré-temporada de 30 dias. É importante para a base da sustentação do time ao longo da temporada. Independentemente de quem iniciar o Gauchão, vai entrar muito forte e vamos usar esse período, intercalando as equipes, usando o grupo e dando oportunidade para todos – projetou Odair Hellmann.