A derrota por 1 a 0 para o Botafogo mostrou uma das piores apresentações do Inter no Campeonato Brasileiro. Para quem ainda dizia sonhar com o título, a medíocre atuação no Rio de Janeiro foi de nível de segunda página da tabela. Uma derrota merecida, que colocou o Inter na terceira colocação do Brasileirão. Nesta quarta-feira, o Inter receberá o Atlético-MG no Beira-Rio. E terá a chance de seguir trilhando o caminho da fase de grupos da Libertadores.
O forte calor no Rio de Janeiro mais o segundo jogo em uma janela de apenas dois dias de descanso, fizeram com que Inter e Botafogo encontrassem alguma dificuldade na armação, nos primeiros movimentos. O problema maior para os colorados foi a marcação suave desde o campo ofensivo. O Inter deixava o Botafogo jogar. Aí, estourava em volantes e nos zagueiros, que só conseguiam conter meias e atacantes a faltas.
Tanto é assim que Valencia, em duas cobranças de falta nas cercanias da grandes área, por pouco não colocaram os cariocas na frente. O primeiro tempo do Inter repetiu os seus piores momentos no campeonato. Além de não conseguir criar, a equipe dava chances ao mediano Botafogo de avançar. Uma das raras chances coloradas surgiu com o cruzamento de Patrick para Leandro Damião, mas Igor Rabello conseguiu cortar antes que a bola chegasse ao atacante.
Mas ainda havia tempo para um castigo. Após cruzamento para a área colorada, Zeca saltou muito pouco e foi encoberto pela bola, que parou no peito de Erik. Ato contínuo, o ex-Goiás e ex-Palmeiras, cortou para o lado e bateu seco, sem chances para Marcelo Lomba: Botafogo 1 a 0.
A injustiça cometida pela arbitragem na derrota do Inter para o Botafogo
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Minutos depois, Brenner (que ainda pertence ao Inter) se desentendeu com Nico López, trocaram tapas, o atacante do Botafogo simulou uma grave lesão, mas nenhum dos dois foi advertido. Para o bem do Inter, o primeiro tempo chegou ao fim.
Mas o segundo tempo se anunciou e o futebol do Inter seguiu o mesmo dos 45 minutos iniciais: pouco, muito pouco. A defesa do Botafogo não era acossada. Gatito, filho de Gato Fernandez, o icônico goleiro do Inter dos anos 90, fazia apenas intervenções. Enquanto isso, na outra goleiro, Lomba passava a evitar o segundo gol.
Uma atuação do Inter como a deste domingo em mata-mata de Libertadores é eliminação certa
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A tentativa de Odair Hellmann evitar a derrota surgiu com a troca de Zeca por Wellington Silva. Uma das raras conclusões contra o gol do Botafogo foi justamente de fogo amigo. D'Alessandro cobrou falta e Brenner cabeceou no ângulo, para grande defesa de Gatito.
Jogando cada vez menos, o Inter só não levou o 2 a 0 devido à incompetência de Valencia que, cara a cara com Lomba, e o goleiro pegou. Como pegou outro gol certo do Botafogo, dessa vez com Pimpão, tentando marcar por cobertura. Ao final, o árbitro errou ao expulsar Wellington Silva em desentendimento com Pimpão. E, mais adiante, expulsou também Moledo, por reclamação. O 1 a 0, que tirou do time de Odair o segundo lugar na classificação, foi uma lição ao mau futebol do Inter.
O Inter perdeu muito mais do que o jogo no Engenhão
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Brasileirão - 35ª rodada - 18/11/2018
BOTAFOGO 1
Gatito Fernández; Marcinho, Joel Carli (A), Igor Rabello e Moisés; Rodrigo Lindoso, Matheus Fernandes e Valencia (Renatinho, 40'/2°); Erik, Brenner (Kieza, 25'/2°) e Luiz Fernando (Pimpão, 34'/2°)(A). Técnico: Zé Ricardo
INTER 0
Marcelo Lomba; Zeca (Wellington Silva, 12/2°)(V), Rodrigo Moledo (A)(V), Victor Cuesta e Iago; Rodrigo Dourado, Edenilson (A), Patrick (Camilo, 35'/2°), D'Alessandro (A) e Nico López (Rossi, 22'/2°); Leandro Damião. Técnico: Odair Hellmann
Gols: Erik (B), aos 42min do 1° tempo. Renda: R$ 156.802. Público: 19.006 (com 17.373 pagantes). Arbitragem: Rafael Traci, auxiliado por Ivan Carlos Bohn e Rafael Trombeta (trio do Paraná). Local: Estádio Nilton Santos (RJ)
PRÓXIMO JOGO - BRASILEIRÃO
Inter x Atlético-MG, no Beira-Rio, 21/11, às 19h30min