Os colorados que passam pela Avenida Edvaldo Pereira Paiva, a Beira-Rio, em frente ao CT Parque Gigante, onde treinam diariamente os jogadores do Inter, podem ter reparado algumas mudanças recentes. Da ciclovia, hoje ainda é possível dar uma conferida em como andam as atividades comandadas por Odair Hellmann.
Só que o local aberto e acessível está com os dias contados. Isso porque o Inter já iniciou o plantio de arbustos nativos de porte baixo para que os treinos fechados não sejam desvendados facilmente:
— Nós solicitamos a adoção do talude, no entorno do CT, junto à prefeitura. Temos um projeto de paisagismo, com flores, bancos e lixeiras. E, claro, também arbustos para dar uma cerca privacidade ao CT — admite o vice de patrimônio do Inter, Léo Centeno.
O local adotado pelo Inter tem cerca de 800 metros, e todo o planejamento de mudanças e melhorias passa pela bióloga do clube, Adriana Trojan.
Apesar de não inibir, a medida tende a dificultar situações de perigo à imprensa e delegação do clube. Em 2016, na campanha que levou o Inter ao rebaixamento, eram frequentes os protestos.
Já sob o comando de Lisca, o Inter havia perdido para o Corinthians e cerca de 15 colorados foram até a beira do CT jogar pedras e fazer cobranças. Um homem armado, depois identificado como segurança particular do clube, compareceu ao local a fim de intimidar os torcedores.
Naquela mesma temporada e já com o iminente rebaixamento, era comum ver os jogadores treinando sob protestos. Na última rodada daquele Brasileirão — adiada por conta da tragédia da Chapecoense, a torcida estendeu uma faixa com "clube grande, direção pequena".
Ainda em 2016, a torcida reclamou sobre o preço dos ingressos.