
Para a direção colorada, o empate do Inter com o Santos, em 2 a 2, nesta segunda-feira (22), passou pela má atuação da arbitragem no Beira-Rio. Indignados, o vice de futebol Roberto Melo e o presidente Marcelo Medeiros nominaram a performance da equipe comandada pelo mineiro Ricardo Marques Ribeiro como "inadmissível".
O lance polêmico da partida aconteceu aos nove minutos do segundo tempo. Cuesta e Sánchez dividiram na área. A bola sobrou para Leandro Damião. O centroavante mandou para o fundo das redes de Vanderlei. E, após seis minutos de discussão, a arbitragem marcou impedimento e anulou o gol. A decisão gerou revolta entre os colorados.
— Hoje, novamente, fomos muito prejudicados em um lance capital do jogo. Daqui a pouco vai ter 10 caras de amarelo, porque quando a gente olha sempre tem mais, aí tem um lance que é do juiz, ele não consegue ver e eles ficam sete minutos discutindo. Seis árbitros esperando o lance da TV, ficou visível isso — declarou Melo.
— Queria endossar as palavras do Roberto Melo e registrar a nossa inconformidade com a arbitragem de hoje. É inadmissível que seis homens levam mais de sete minutos para tomar uma decisão de um lance muito simples. Fica claro que se esperava algum tipo de informação, que essa rodada não houve — completou Medeiros.
A bronca também sobrou para a televisão. Detentora dos direitos de transmissão, os canais SporTV não repetiram o lance polêmico da partida. Atitude, segundo os dirigentes, causa estranheza ao Inter, já que a repetição sempre aconteceu.
— O que me espanta mais ainda, o que nos deixa perplexos: ontem, o Palmeiras venceu um jogo com um pênalti em um lance que apareceu na televisão. Hoje, no nosso jogo, resolveram não passar o lance porque a "regra mudou". É constrangedor, além dos árbitros, a televisão não resolver passar o lance que era capital para nós — esbravejou o vice de futebol colorado.
Durante a reivindicação colorada contra a arbitragem no Beira-Rio, na noite desta segunda-feira (22), o clube clamou pela implantação do VAR na competição.
— O futebol brasileiro, com essa arbitragem, não pode viver sem VAR. Eu não acredito em conspiração, eu acredito em despreparo — finalizou o mandatário do Inter.
— O VAR ajudaria essa questão. A CBF já fez a proposta, a maioria dos clubes não quis por questão financeira. Mas acho que o custo do erro na disputa de um campeonato é muito mais caro. Acho que o VAR se torna um requisito necessário para tomar as decisões necessárias. É uma ferramenta que tem que fazer parte do nosso futebol — completou Melo.