Há 20 dias sem disputar um jogo oficial, o Inter se prepara para a retomada do calendário. Nessa quarta-feira, a equipe de Odair Hellmann receberá o Vitória, no jogo de ida pela quarta fase da Copa do Brasil.
Se o Inter só pensa no torneio, desde que foi eliminado do Gauchão (em 21 de março), o Vitória ainda vive os rescaldos da perda do título estadual para o Bahia. A derrota por 1 a 0 no clássico, no Barradão, instalou um princípio de crise no vestiário de Vagner Mancini. O treinador está sob pressão para o mata-mata com o Inter mais o início do Brasileirão.
Para enfrentar o Inter, Mancini perdeu Neilton, o principal jogador da equipe na temporada e atacante eleito o Craque do Campeonato Baiano. Neilton mais o atacante Luan e o volante Felipe Soutto foram vetados pelo departamento médico, devido ao desgaste das finais do Estadual.
Em compensação, o Vitória receberá de volta cinco jogadores: os zagueiros Kanu e Ramon, o meia Yago, e os atacantes Rhayner e Denilson. Todos estavam suspensos por causa da confusão no Ba-Vi da Paz, quando o Vitória propositalmente perdeu jogadores por expulsão para que a partida terminasse empatada em 1 a 1 - mas acabou perdendo por 3 a 0, em julgamento no TJD da Bahia.
A mais recente bronca do Vitória, porém, reside fora de campo. E é contra o Bahia. A direção do clube criticou publicamente o Vitória depois que o ônibus com a delegação foi apedrejado ao chegar ao Barradão. O vice-presidente do Bahia, Vitor Ferraz, disse:
- Isso aqui (Barradão) não tem a menor condição, isso aqui é um sub-estádio. Não é uma praça esportiva de respeito.
Tal declaração motivou uma nota oficial do Vitória:
- O clube não aceitará a tentativa de desqualificação do Estádio Manoel Barradas. Assim como ocorreu no passado, são esforços inúteis de inviabilizar o estádio e não mediremos esforços para defender o nosso Santuário.
A delegação do Vitória embarcará às 12h30min dessa terça-feira a Porto Alegre.