Diante da performance do Internacional sob o comando de Guto Ferreira, acho difícil disparar críticas ao trabalho do treinador. Os números são excelentes. Dificilmente um Clube que obtém 10 vitórias em 11 partidas disputadas deixa dúvidas de que os acertos são infinitamente maiores que os erros.
As críticas pontuais que se fazem sobre escalação de um ou outro jogador, ou funções táticas e posicionamento, não podem servir para desfazer um trabalho que vem sendo executado com convicção e sucesso. O reconhecimento ao técnico, que teve coragem de conceber e apostar em uma estratégia de jogo, deveria ser automática.
Entretanto, o que venho notando é a tentativa de diminuição do trabalho implementado, baseado no fato de que os participantes da Série B são muito fracos, e uma performance vitoriosa não passa de uma obrigação do Inter. Isso é verdade, embora todos saibamos que tropeços são possíveis e corriqueiros. Quando Guto assumiu o comando técnico da equipe, o Colorado transitava perigosamente pelo meio da tabela, a confirmar que, nem sempre, a tradição da camisa é suficiente para ganhar jogos.
Se Guto está deixando de escalar algum jogador que vem pedindo passagem ou outro em posição diferente da que teoricamente renderia melhor, é em nome do objetivo final, e nisso não deveria recair qualquer crítica.
Convicção em campo
Não sei se Guto Ferreira permanecerá como treinador do Inter para 2018. Mas seu mérito, mesmo com as críticas pontuais que podemos lhe fazer, é inquestionável.
No jogo de hoje, o técnico não contará nem com William Pottker e nem com os zagueiros Ernando e Cuesta, mas podem ter certeza de que a convicção da estratégia estabelecida estará novamente em campo. E, se houver algum tropeço, é porque não todo dia que tem "pão quente".