A aguardada reunião do Conselho Deliberativo do Inter desta segunda-feira definiu uma nova comissão para concluir a apreciação da gestão de Vitorio Piffero na presidência do clube. E esta nova comissão acionará o Ministério Público para investigar as contas da gestão 2015/2016. O conselheiro Ubaldo Flores, procurador de justiça, presidirá a nova comissão, que terá sete integrantes. Os demais nomes devem ser apresentados nesta terça-feira.
Ainda que não haja prazo para a comissão entregar a documentação ao MP, Ubaldo Flores garantiu que pretende ser célere.
— Tem um criminalista francês que dizia: "o tempo que passa é a verdade que foge". Tem que agir rápido para chegar à verdade. No âmbito do poder judiciário, os eventuais denunciados poderão se defender — disse Flores, que confirmou haver indícios de ilicitude, mas evitou citar nomes de envolvidos e quais ilicitudes.
A polêmica da noite ficou por conta de uma desavença entre José Amarante, que presidiu a comissão que montou o primeiro relatório (aclamado pelo conselho e que levou adiante o processo), e o presidente do Conselho Deliberativo, Sergio Juchem. Amarante alegou que Juchem quis dar um encaminhamento diferente ao processo, levando de uma maneira que poderia causar danos ao clube. Mais tarde, Juchem afirmou que sua ideia de sequência encontrava amparo na lei.
De qualquer forma, a nova comissão deve apresentar ao MP a documentação já nos próximos dias. A questão administrativa também será abordada por essa comissão.
— Fico triste pela situação. Mas a questão documental está terminada. Vários trabalhos contábeis já foram feitos. O momento, agora, é de avançar e ouvir os envolvidos — disse o presidente do Inter, Marcelo Medeiros.