Passei os últimos dias em dúvida. Ir ou não ao jogo entre Inter e Atlético-MG pela Primeira Liga, que ocorreu na quarta-feira (30), em Porto Alegre. Após pensar bastante, fiz o check-in para garantir o meu lugar de sócio no estádio. Aliás, o que costumeiramente faço, pois frequento o Beira-Rio sempre que o trabalho não se sobrepõe. Analisei por inúmeras vezes a escalação proposta para a partida e, mesmo assim, o apreço e o amor ao Colorado falavam mais alto no sentido de seguir ao Gigante. Próximo das 19h30min, enquanto aguardava o meu carro em uma garagem do Centro, comecei a ver a transmissão do jogo pelo aplicativo do celular. E a resposta veio...
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As imagens do estádio com pouca torcida, time de reservas – com ressalvas a Nico López e Camilo –, as primeiras jogadas que não davam esperança, o atraso com que eu chegaria ao estádio, o valor do estacionamento e, como ocorre inúmeras vezes, dificuldade de acesso e saída das arquibancadas, principalmente em jogos de público reduzido, me fizeram tomar o rumo de casa.
Após ver pela TV boa parte do primeiro tempo e todo o segundo, não tive dúvidas de que havia tomado a melhor decisão. Como pode um clube que disputa apenas um campeonato e de nível bem modesto, que gasta cerca de R$ 8 milhões com a folha mensal dos jogadores e que vai ficar parado por 15 dias sem disputar uma partida, colocar uma equipe de reservas em campo?
Sei que vários analistas e comentaristas profissionais concordaram com a decisão de quem comanda o Internacional. Mas eu, apenas torcedor e que pago com débito em conta minha mensalidade, tenho direito a um produto de qualidade, além do estádio, que reconheço, está muito bonito. Quero futebol e respeito! Um clube que gasta como os maiores da Primeira Divisão não pode ter como única meta superar Paysandu e Luverdense.
Estou acostumado com o Sport Club Internacional Campeão de Tudo, que pensa grande e é reconhecido pelo apreço e prática do bom futebol. Amigos com quem conversei nesta quinta faziam a mesma reclamação e lamentavam pela partida desta quarta-feira, quando apenas um time misto já cumpriria a obrigação com os seus torcedores.
Depois de tudo, sigo em dúvida: ligo ou não para o serviço de proteção ao consumidor?
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