Eu juro pra vocês que também estou saindo enfurecida do Beira-Rio nos últimos jogos. A frustração de tomar um gol dentro de casa também me tira do sério. O ensurdecedor apito final após uma derrota também me deixa com vontade de chutar alguma coisa. Mas, sem vaiar ninguém, nem quebrar patrimônio do clube e nem causar tumulto, eu vou irritada até em casa pensando apenas em como o Inter está me deixando com gastrite e sem unhas.
Já deu para entender que vaias com a bola rolando e quebradeira meio que não está funcionando para o bem, gurizada? O ambiente hostil que parte da torcida está criando no estádio não está ajudando e nem incentivando, né? MAS QUE FIQUE CLARO: não estou dizendo que o time e a direção não mereçam cobranças. Merece e muito. Só estou dizendo que claramente isto só está nos prejudicando: deixa todo mundo nervoso e com medo. Jogador nervoso não consegue jogar, torcida com medo não consegue torcer.
Penso que o torcedor que vai até o Beira-Rio para proferir vaias e xingamentos logo no momento da escalação no alto falante é um chato. E o cara que vai para o entorno depois e quebra vidros e atira gradis pelos ares é um chato e um vândalo.
A previsão do tempo do meu celular aponta que hoje à noite deve fazer entre 6º e 7º graus em Porto Alegre. Nos arredores do Gigante, então, a sensação térmica deve ser menor ainda, o que eu vou entender como uma bênção vermelha. Que esta friaca afaste os chatos (e os vândalos, óbvio) da nossa casa.
Vamo Inter!
