Os fatos lamentáveis que têm ocorrido após o encerramento dos jogos no Beira-Rio, com atos de vandalismo, de barbárie, de anormais travestidos de torcedores destruindo o patrimônio que nós, sócios, ajudamos a construir são um crime, um absurdo.
Querem acabar com o que mais? Coordeno um projeto social que traz crianças ao estádio, o Criança Colorada, com mais de cem crianças por jogo, de escolas, consulados e filhos de sócios.
Funciona há mais de 17 anos e já trouxe ao estádio mais de 68 mil crianças. Querem afastar as crianças dos estádios? Querem tirar as famílias do Beira-Rio? O que mais querem destruir? O Inter é muito grande e não merece esse tipo de comportamento. Não são torcedores, são bandidos. Torcedor pode protestar? Claro que sim, a vaia é a forma dura e eficaz de cobrança. Após o jogo, durante jamais. Ao fazer do nosso pátio um palco de guerra, de destruição, passaram de todos os limites toleráveis.
Quebraram portas de vidro, vidraças imensas, saquearam a loja do clube, destruíram o entorno da Capela Nossa Senhora da Vitória, várias guaritas de estacionamentos e promoveram arrastões. Isso é insanidade pura, não são torcedores.
É necessária sim a atuação da Brigada Militar. O que falta para essa escória que se diz torcedor? Falta educação, postura, escola. Espero que não apareça ninguém defendendo esses delinquentes dizendo que a Brigada cometeu excessos. Será que temos de esperar uma tragédia que possa atingir nossas crianças coloradas, nossos funcionários e os torcedores que amam o seu clube? Não estou discutindo aqui o desempenho do nosso time, estou questionando a postura de algumas pessoas que vêm ao estádio com o espírito de destruição. Esses não são nossos torcedores. Vamos perder associados e intimidar os verdadeiros colorados de comparecer ao estádio.
Querem produzir o pânico na nossa torcida.
Nós, verdadeiros torcedores, não queremos isso. Essa conduta intimida até os nossos jogadores, que perdem algo essencial no futebol: a confiança. Precisamos retomar o caminho das vitórias e, disso, nós somos capazes.