Neste sábado, um jogo marcante para a história recente do Inter cumprirá dois anos. Em 22 de julho de 2015, os torcedores colorados sonhavam avançar uma vez mais à final da Libertadores. Após bater os mexicanos do Tigres em Porto Alegre por 2 a 1, o time de Diego Aguirre rumou para San Nicolás de los Garza, precisando de um empate para tentar o tricampeonato. O primeiro tempo, porém, já virou em 2 a 0 - o segundo gol foi uma obra de arte do lateral Geferson, porém, contra - para os amigos de Rafael Sobis.
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O Inter estava eliminado ainda nos 45 minutos iniciais. Mas veio o segundo tempo e, com ele, a esperança de um golzinho para levar a decisão da vaga às penalidades. Pênalti. Sim. Mas para o Tigres, logo na largada do segundo tempo.
A eliminação viria dos pés de Sobis - que durante o mata-mata com o Inter demonstrou um sangue nos olhos, como poucas vezes se viu. Mas o atacante cobrou o pênalti e Alisson defendeu. O Inter respirava. Por pouco tempo. Em seguida, levou o terceiro. O gol de honra, através de Lisandro López chegou tarde demais, aos 43 minutos do segundo tempo. O Inter caía, Aguirre cairia dias depois, às vésperas de um Gre-Nal no qual um Inter entregue em campo levou 5 a 0 do Grêmio e deixou o escore marcado para sempre.
Ainda não se sabia, mas aquele 22 de julho marcaria o fim de um período vencedor do Inter. De lá para cá, o Inter foi rebaixado, perdeu o Gauchão para o Novo Hamburgo e tem dificuldades para ingressar no G-4 da Série B. Zero Hora relembra agora onde estão os jogadores do Inter que enfrentaram o Tigres na noite da eliminação de 2015.
Confira:
Alisson – Ficou no Inter até a primeira rodada do Brasileirão de 2016 e, depois, foi para a Roma. Somente agora parece ganhar a vaga de titular no time italiano, ainda que se mantenha o número 1 de Taffarel na Seleção Brasileira.
William – No mês passado, realizou o seu sonho: jogar em um clube da Europa. Breve, estreará pelo alemão Wolfsburg.
Ernando – Segue no Beira-Rio. Chegou a ter chances com Guto Ferreira até se lesionar.
Juan – Aos 38 anos, o ex-Seleção Brasileira é reserva do Flamengo.
Geferson – Autor de um golaço contra para os mexicanos, está emprestado ao Vitória até o final da temporada. Na recente derrota por 3 a 1 para o Grêmio, foi titular da lateral esquerda.
Rodrigo Dourado – Surgiu como grande promessa, foi tão bem no time titular que se tornou indiscutível na equipe. E cotado para jogar na Europa. Desde 2016, porém, vem em baixa.
Aránguiz – Saiu para o Bayer Leverkusen logo depois da eliminação de 2015. É titular do clube alemão e da seleção chilena.
D'Alessandro – Logo após a eliminação, conseguiu sobreviver aos 5 a 0 do Gre-Nal porque estava suspenso. Na virada do ano, após receber uma reprimenda pública do então vice de futebol Carlos Pellegrini, pediu para voltar ao River Plate. Foi emprestado por uma temporada, não participou da campanha do descenso e voltou ao Inter no começo de 2017. Segue capitão.
Valdívia – O final de 2015 foi cruel com o cabeludo atacante. Uma lesão no joelho o tirou de cena por mais de seis meses. Ainda não voltou a ser o mesmo jogador. Pediu para não jogar a Série B e foi emprestado ao Atlético-MG – onde mantém a mesma irregularidade mostrada em seu retorno ao futebol, no ano passado.
Lisandro López – Ficou no Inter até o final de 2015. Tinha opção de renovar por mais um ano, mas o desinteresse de parte a parte o levou de volta ao Racing (ARG). Seguiu titular da equipe de Avellaneda e, na última temporada argentina, marcou sete gols.
Nilmar – Outro que deixou o Beira-Rio assim que a Libertadores acabou. Foi para o Al-Nasr, jogou pouco e, agora, voltou ao Brasil e assinou com o Santos.
Rafael Moura (substituiu William no jogo) – Deixou o Inter e passou uma temporada no Figueirense, onde foi um dos destaques do time. Agora, no Atlético-MG, voltou a ser reserva.
Alex (substituiu Valdívia) – Parou de jogar profissionalmente. Rescindiu com o Inter no começo da temporada 2017.
Sasha (substituiu Nilmar) – Fez uma grande temporada em 2015, mas, como acontece ano após ano, lesionado, não conseguiu jogar o ano todo. Segue no Inter. Em 2017, se recuperou de uma cirurgia no calcanhar e conseguiu voltar ao time somente depois do Gauchão. É reserva com Guto.
Diego Aguirre – Não foi o "técnico" do Inter no México. Estava suspenso e pôde ficar na área técnica. Aguirre foi despedido pela gestão Vitorio Piffero logo depois do retorno ao México e, às vésperas do Gre-Nal dos 5 a 0, foi demitido. Reza a lenda do futebol que boa parte daquela goleada para o Grêmio teve como pano de fundo a insatisfação do vestiário com tal medida da direção. Aguirre deixou o Inter e assumiu o instável Atlético-MG. Foi campeão mineiro em 2016 e, logo depois, acabou demitido. Está no San Lorenzo (ARG) desde junho de 2016. Enrique Carrera, o seu auxiliar dos tempos de Inter, e que o "treinador" contra o Tigres, segue com ele.
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