O Inter se manifestou sobre o documento do relator Mauro Marcelo no Caso Victor Ramos. Em nota oficial, garante ter "absoluta certeza sobre a licitude de todos os atos praticados pelo clube e pelos profissionais que o representaram".
O texto fala ainda que o clube irá "exercer de forma plena sua defesa" e "demonstrar no STJD a verdade dos fatos e a inegável legalidade de todos os seus atos praticados".
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O Inter fala ainda que "mantém sua confiança integral nas autoridades constituídas, em especial nos julgadores do STJD".
Veja o texto na íntegra.
O SPORT CLUB INTERNACIONAL, em face das notícias veiculadas no dia de ontem, sobre o Inquérito do Caso Vitor Ramos no STJD, vem a público dizer o seguinte:
1. Reitera sua absoluta certeza sobre a licitude de todos os atos praticados pelo Clube e pelos profissionais que o representaram no referido processo, na defesa dos direitos do Internacional;
2. As notícias veiculadas na mídia referem o encaminhamento do tema para a Procuradoria do STJD, onde poderá ou não ser oferecida denúncia. Na hipótese de que haja a denúncia, se iniciará um processo com direito à ampla defesa e contraditório pleno, instrução, exame por vários julgadores e, eventualmente, recursos;
3. O Clube irá exercer de forma plena sua defesa, através de todos os meios legalmente assegurados, aos efeitos de demonstrar no STJD a verdade dos fatos e a inegável legalidade de todos os seus atos praticados;
4. Mantém sua confiança integral nas autoridades constituídas, em especial nos Julgadores do STJD, que saberão identificar a correção do Clube e dos seus profissionais em todos os episódios do caso em exame.
5. Qualquer atual especulação sobre consequências futuras de eventual processo se mostra absolutamente prematura e inócua.
Relembre o Caso Victor Ramos
Desde o final do ano passado, o Inter entrou na Justiça Desportiva alegando uma irregularidade na inscrição do zagueiro Victor Ramos, que foi contratado pelo Vitória junto ao Monterrey-MEX. Como estava emprestado ao Palmeiras, os clubes fizeram a transferência diretamente no Brasil, sem passar pelos trâmites burocráticos internacionais previstos pela Fifa, segundo o clube gaúcho. Isso teria beneficiado o clube baiano a acelerar sua inscrição e ter vantagens financeiras na negociação – se o Inter conseguisse caracterizar a irregularidade, o Vitória poderia perder pontos no Brasileirão do ano passado e, assim, o Inter se manteria na Série A.
O caso não foi levado adiante pela Procuradoria do STJD e, portanto, nunca foi julgado no Brasil. Desta forma, o Inter optou por entrar com um recurso na Corte Arbitral do Esporte (CAS), na Suíça. Contudo, a instância máxima do esporte decidiu que não tinha competência para julgar o mérito da questão e encerrou o caso.
Durante a tentativa de abrir o caso no STJD, o Inter se utilizou de e-mails trocados entre Reynaldo Buzzoni, diretor de registros da CBF, e o Vitória para tentar indicar a má-fé do clube baiano. Contudo, a CBF alegou que os e-mails haviam sido adulterados. O STJD abriu e manteve um inquérito para investigar a veracidade dos e-mails e, com sua conclusão, pediu a punição ao clube gaúcho.