O fato é que descemos para a segundona na bola. Agora, sejamos claros que classificar a apelação do Inter ao TAS como uma "ação patética" é demais. O clube em momento algum tentou modificar regras do campeonato que disputava.
Ao analisar transferências das equipes que disputaram o brasileiro em 2016, suspeitou de uma eventual irregularidade do atleta Victor Ramos. Esgotou as instâncias disponíveis antes de se chegar ao TAS, sendo que este, posteriormente, se julgou incompetente para analisar o mérito da questão. Juridicamente, o Internacional exerceu legalmente todos os seus direitos.
Fico imaginando, qual clube não iria buscar seus direitos se suspeitasse que há alguma irregularidade. Digo mais: qual cidadão não iria pleitear por seus direitos se estivesse suspeitando que fora prejudicado em alguma relação profissional? Não posso entrar no mérito da apelação do Inter junto ao TAS, pois o clube apenas exerceu seu direito no âmbito da justiça desportiva.
O clube foi até a última instância em busca de seus direitos, não cometendo nenhuma ilegalidade com isso. A decisão do TAS não atendeu aos interesses do clube, porém foi acatada de pronto pelos dirigentes colorados. Sendo assim, não consigo visualizar nenhum tapetão neste cenário.
Infelizmente, talvez tenhamos subido no salto, o que nos levou à vergonhosa Série B.
– Time grande não cai.
Bom, era uma flauta, mas flautas sempre se renovam ou deixam de existir, fazem parte do futebol e não podemos deixar isso morrer. Essa é graça de tudo, desde que sempre em tom de brincadeira e respeito com o adversário.
Se o rebaixamento do Inter foi o mais vergonhoso dos grandes clubes brasileiros, eu não sei. Isso é questão de opinião de cada um, e devo respeitar quem tem essa. Caímos por uma sucessão de erros incríveis, seja na formação de um elenco sem maturidade para disputar um campeonato tão logo e duro, como pelas péssimas decisões tomadas ao longo de dois anos de gestão do antigo mandatário.
Por fim, se hoje somos o clube mais odiado do Brasil, cabe a nós torcedores colorados nos unirmos, como a própria jornalista Andressa Riquelme disse, com humildade, para restabelecer nossa imagem no futebol nacional. Pois dessa vez chegamos ao fundo do poço, mas nunca podemos deixar de mirar o topo do mundo, onde é o nosso derradeiro lugar.
E, só mais um detalhe, o mascote do Sport Club Internacional sempre foi e sempre será o Saci Pererê.