O relógio foi acionado e o Caso Victor Ramos terá o seu desfecho em, no máximo, duas semanas. E tudo indica que o inquérito aberto pela Procuradoria do STJD, para investigar se o Inter falsificou ou não os documentos que comprovariam a inscrição irregular do zagueiro do Vitória no Brasileirão do ano passado, provarão a inocência do clube. O inquérito deverá ser concluído com o Tribunal reconhecendo que não houve fraude (portanto, sem acusar o clube de qualquer crime), mas dificilmente haverá qualquer retratação da CBF por ter acusado o Inter.
Com isso, Victor Ramos passará a ser uma eterna personagem no folclore do futebol gaúcho, o Inter jogará a Série B e um processo de reconstrução de relacionamento do clube com o Tribunal e com a CBF terá início.
Os termos "paz" e "concessão mútua" são utilizados em contatos com pessoas ligadas aos dois lados: Inter e STJD. Declarações públicas têm sido evitadas, a fim de evitar reacender a fogueira da vendeta, de parte a parte.
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O Inter quer focar a sua vida dentro de campo, pensar de Londrina a Belém, para poder retornar à elite em 2018. Já a CBF, não quer mais seus documentos expostos publicamente, como ocorreu a partir das informações passadas do Monterrey ao corpo jurídico do Inter.
Nesta segunda-feira, o Conselho de Gestão do Inter (Marcelo Medeiros, João Patrício Herrmann, Alexandre Chaves Barcellos, Humberto Busnello e José de Medeiros Pacheco) se reunirá para definir a estratégia a ser adotada a partir de agora junto ao STJD/CBF. O objetivo será reconstruir uma ponte entre as instituições. O Beira-Rio está cansado de guerras.
*ZHESPORTES