O departamento jurídico do Internacional acredita que a denúncia feita pela CBF sobre suposto uso de documento falso por parte do clube não irá interferir na audiência do "Caso Victor Ramos". Em entrevista concedida à Rádio Gaúcha, em Lausanne, o vice-jurídico Gustavo Juchem rechaçou esta possibilidade.
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– Nós entendemos que não deve ter nenhuma interferência. São questões distintas. A irregularidade ou não da inscrição do atleta não tem a ver com a suposta falsificação de documentação – disse o dirigente.
Uma das provas mais importantes do Inter no caso é uma troca de e-mails obtida pelo jurídico do clube, em que o diretor de registros da CBF, Reynaldo Buzzoni, orienta um dirigente do Vitória a inscrever o zagueiro Victor Ramos seguindo os trâmites de uma transferência internacional, algo que acabou não sendo feito quando o atleta foi registrado.
A entidade alega que os documentos juntados no processo pelo clube não correspondem aos originais e encaminhou o material para o STJD alegando falsificação.
– A questão daqueles documentos é um detalhe a mais e é uma questao que está sendo resolvida pelo STJD. E nós vamos lá esclarecer tudo e provar a lisura do Internacional – finaliza Juchem.
Após a polêmica dos e-mails, Buzzoni autenticou em um cartório do Rio de Janeiro os e-mails que ele alega serem os originais.
Na visão da CBF, os e-mails obtidos pelo Inter são adulterados e, por conta disso, não poderiam ser utilizados no processo.
Já o Inter, além de negar a referida adulteração, entende que o documento autenticado pelo diretor da entidade tem o mesmo conteúdo dos e-mails obtidos pela defesa clube e, logo, também serviria como prova para os interesses colorados.