Nesta terça, o jornalista Diogo Olivier escreveu que "a esperança constrangida do Inter vem da Suíça". Nada tem de constrangedor uma pessoa ou entidade buscar seus direitos nos órgãos competentes.
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Não se apagará o fiasco desportivo praticado pelo Inter em 2016. E isto, independentemente do resultado no TAS, deve servir de lição ao clube. No entanto, se houve violação a normas da entidade que regula o futebol, deve haver punição.
Isto não é tapetão nem virada de mesa, os quais incluem conchavos, por meio de politicagem entre entidades desportivas, de modo a se burlar as normas.
Não é o que ocorre no presente caso.
Foi suscitada uma suposta irregularidade, a qual envolve a CBF e o Vitória. E, dentro do devido processo, ambos apresentaram suas defesas, cabendo ao TAS decidir.
Independentemente da rivalidade clubística e das merecidas flautas, todo apaixonado por esporte deveria aplaudir medidas como estas, que malgrado as possíveis represálias, foram corajosamente tomadas.
Não há dúvidas sobre a competência dos advogados do Internacional, que é notória. Mas se houver procedência ao processo apresentado pelo clube gaúcho, isto terá ocorrido pela comprovação das irregularidades.
Assim, por todas as responsabilidades que recaem sobre o dirigente de futebol, caso esta direção não tivesse levado em frente este caso, estaria sendo improba e omissa, pois cabe aos mandatários representarem os interesses do clube de forma responsável.
Por fim, veria como muito mais constrangedor o medo de se desafiar a legitimidade dos atos da CBF e do STJD do que o de exercer um direito legítimo de contestar a autoridade e buscar a Justiça.