O oeste paranaense é quase um Rio Grande do Sul: com muitos imigrantes gaúchos, boa parte da população torce para Inter ou Grêmio. Assim, se espera que a estreia do Inter na Copa do Brasil, na noite dessa quarta-feira, contra o Princesa do Solimões-AM, na cidade de Cascavel, o Estádio Olímpico Regional esteja dividido entre colorados e gremistas. Porém, aqueles que forem torcer pelos amazonenses não poderão vestir camisas do Grêmio.
A determinação foi da Polícia Militar de Cascavel.
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– A Polícia já determinou: torcedor que for com a camisa do Grêmio não entrará no estádio. A orientação vai um pouco além, pois já se divulga na cidade que nem mesmo serão permitidas camisas do Grêmio do Estádio Olímpico – conta Aureo Cesar Ribeiro, diretor regional do Inter e da Associação Cobra Colorada, em Cascavel.
Segundo Aureo, a determinação da PM visa prevenir confusões na cidade:
– Vivemos no Interior, mas sempre há quem queira promover confusões. Para não acirrar os ânimos, o Gre-Nal de camisetas estará proibido.
Com os preços dos ingressos salgados – a cadeira custa R$ 125 e a arquibancada, R$ 70 (R$ 65 mais R$ 5, sob o argumento de "taxa de administração") –, Aureo acredita que no máximo 10 mil torcedores compareçam à estreia do Inter na Copa do Brasil. Pedro Trezzi, cônsul do Inter em Cascavel, e Aureo Cesar Ribeiro estão organizando uma recepção calorosa à delegação colorada, na noite dessa terça-feira, no aeroporto de Cascavel.
– Levaremos uma multidão para aplaudir o time. Mesmo com o rebaixamento, o entusiasmo da torcida não diminuiu. Temos 4 mil sócios colorados nas regiões oeste e sudoeste do Paraná – disse Aureo.
O Inter não joga em Cascavel desde 2005, quando a equipe perdeu por 3 a 1 para o Paraná, em jogo válido pelo Brasileirão.
* ZH Esportes