Antônio Carlos Zago está enfrentando o maior desafio da sua carreira como treinador. Um técnico geralmente começa um trabalho pedindo pelo menos três meses para começar a construir um time evitando, assim, a natural pressão do futebol. Ocorre que em especial nesse 2017 colorado tempo não há.
Nas arquibancadas do Beira-Rio erros não serão mais tolerados. E isso foi visto na derrota para o Novo Hamburgo. Ao final do primeiro tempo, vaias para uma equipe que perdia em casa por 2 a 0 naquele momento. Faltam peças no time, dinheiro no cofre e há a necessidade urgente de votar à primeira divisão. E é por isso que Zago não pode errar como errou no sábado.
Além de deixar o sangue novo do time no banco (talvez por opção, talvez por blindagem, algo que não ficou claro em sua entrevista de pós-jogo), o treinador permitiu que os três setores do seu time ficassem afastados, sem ligação, sem velocidade de recomposição e sem força ofensiva.
O ano começou há pouco, o campeonato que realmente interessa para a vida do Inter terá início somente em maio e, ainda assim, tempo não há. Não há espaço para novos erros, sob pena de time e torcida perderem ainda mais confiança, como foi em 2016, o ano que conduziu o Inter ao fundo do poço.
* ZH Esportes