Mundialmente famosa com Carlo Ancelotti no Milan no começo da década passada, a plataforma 4-3-2-1 é conhecida como "Árvore de Natal", e permite grande consistência defensiva, ocupação da faixa central e jogo apoiado curto com a bola.
Leia mais:
Desistência do Corinthians reabre interesse de Inter em Pottker, da Ponte Preta
Com três volantes, Zago quer Inter mais sólido na defesa e surpreendente no ataque
A linha de três meias defensivos é o que sustenta este esquema. A questão sempre será: quais as características ideais desses meias para dar certo? Ancelotti tinha um meia destruidor (Gattuso), um criativo (Seedorf) e o regista (Pirlo). Todos participavam da organização defensiva e da ofensiva.
Contra o Fluminense, Zago utilizou essa plataforma na fase ofensiva, tendo a Anselmo como o homem da contenção, e Dourado e Charles alternando funções ofensivas, de acordo ao jogo. Isso permitia que D'Alessandro e Valdíviam na linha de dois, e Roberson, na frente, pudessem ter mais liberdade de movimentação e infiltração.
Funcionou bem pelos méritos do Inter, mas também pela falta de organização defensiva do Fluminense de Abel, que jogou com vários reservas e sem nenhuma intensidade na defesa. Defensivamente, Inter segurava em duas linhas de quatro, compactadas e funcionais.
Se Charles pode ser o meia defensivo criativo, só o tempo dirá. Qualidade técnica ele tem: acertou 84% dos passes e fez um gol. Além da assistência não completada por Roberson na jogada do gol.
O mesmo serve para Dourado e Anselmo, que podem talvez virem a ser o Pirlo e o Gattuso colorados. Pelo menos, taticamente falando. O importante é que vemos método e ideias coletivas de futebol, coisa que não se via desde Diego Aguirre no Internacional.