Anunciado em agosto como um dos nomes da "Swat colorada" – grupo designado para livrar o Inter do rebaixamento no Campeonato Brasileiro – o diretor de futebol do clube Ibsen Pinheiro negou, em entrevista ao Gaúcha Atualidade desta sexta-feira (2) que a manifestação dos atletas ocorrida na tarde desta quinta seja uma manobra para evitar uma possível queda à segunda divisão da competição. No ato, liderado por Alex e Ceará, os jogadores alegaram não ter condições emocionais de disputar a última rodada, prevista para o dia 11.
– Não posso imaginar que alguém identifique o Internacional pedindo uma manobra para fugir a resultados de campo. Isso não é compatível nem com a grandeza e nem com a história do Internacional – criticou.
Leia mais:
Jogadores do Inter pedem cancelamento da última rodada do Brasileirão
Inter pede para STJD analisar situação de zagueiro do Vitória
Inter mantém data da eleição para véspera de jogo contra o Fluminense
De acordo com Ibsen, a direção não tomou conhecimento prévio da manifestação. Ele ressaltou ainda que o pronunciamento não foi do Inter, mas dos atletas, e que estes não falam pelo clube.
– Não foi o Internacional, foram os atletas do Internacional, que por mais relevantes que sejam não falam pelo clube, falam por si. E, segundo, não foi pedido cancelamento, porque o cancelamento produz efeitos que ninguém pode imaginar quais sejam. O que os atletas disseram é que não se sentem em condições de entrar em campo – afirmou.
No fim da tarde de quinta, o presidente do Inter Vitorio Piffero disse que "não existe clima" para o último jogo. Quando questionado sobre a possibilidade de abrir mão de lutar contra o rebaixamento no caso de a CBF acatar o pedido do clube gaúcho de encerramento do campeonato com a tabela atual, o dirigente mudou o discurso:
– Não estou abrindo mão de nada, estou colocando um sentimento. O campeonato estaria incompleto – ponderou.