O novo vice de futebol do Inter terá um quebra-cabeças para montar a partir de hoje. A formação do grupo do Inter para 2017 exigirá a solução de uma equação que conjugue perfil adequado para jogar a Série B e qualidade suficiente para encarar o Gauchão e voltar à elite sem sobressaltos.
Alguns nomes que passaram imunes pelo rebaixamento devem permanecer. Casos de Danilo Fernandes, William, Ernando e Dourado. Para por aí. Outros devem ganhar mais tempo, pela qualidade técnica que têm – encaixam-se nesse perfil Valdívia, Seijas e Nico López. Há as apostas da base, como Eduardo e Ferrareis. Ceará e Alex, mesmo com contrato em vigor, são casos a serem estudados. Seriam importantes na estabilização emocional do grupo, mas o retorno técnico é questionável.
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Como o estilo da Série B exige imposição física, parece até ironia, mas talvez Ariel se torne útil, embora o Inter ainda tenha Brenner, contratado e usado no time B, e Aylon. Fernando Bob, Anselmo e Fabinho são volantes com cara de Série B, mas carecem de qualidade em uma função fundamental, em que é preciso virtudes para iniciar as jogadas. Sasha e Paulão parecem jogadores incompatilizados com a torcida e, talvez, sem os maiores símbolos da queda. A questão é como encaminhar o futuro desses jogadores, cujos salários são de clube grande da Série A.
Por tudo isso, o fim de ano será de transpiração para Roberto Melo e seu gerente executivo, Jorge Macedo, que deixou o clube em meados de 2016 depois de ser escanteado em muitas decisões da direção de futebol.