Acostumado a lidar no dia a dia com crimes como tráfico, latrocínio e assassinatos, o titular da 20ª DP, Tiago Baldin, desde o domingo à noite divide parte da equipe de investigadores de sua delegacia para o "Caso Drone" – a vingança provocada por torcedores colorados, que buscavam a residência do torcedor gremista que idealizou lançar o drone vestido de "fantasma da B" sobre o Beira-Rio, durante Inter e Cruzeiro, mas que invadiram e depredaram a casa de outro colorado, o professor de física Cássio Moura.
O senhor já sabe quem são os envolvidos na depredação?
Estamos procurando. Temos algumas imagens e espero que possamos responsabilizar breve esses vândalos. Temos também um vídeo mostrando o drone sendo lançado, mas o foco são os vândalos.
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O senhor trata o lançamento do drone como infração?
Talvez alguma infração a alguma regra da aviação civil. Eles fizeram uma brincadeira de mau gosto, mas não incitaram à violência. Isso não é crime. Os atos decorrentes disso, sim. Estou analisando a questão criminal, a invasão, a depredação... Esses torcedores não tiveram uma reação exagerada, tiveram uma reação criminosa. Reação exagerada é dar um tapa, um soco, uma cuspida. O que eles fizerem foi outra coisa.
Os torcedores que depredaram a casa poderão ser enquadrados em quais crimes?
Ainda estamos investigando, mas temos claramente invasão de domicílio, dano patrimonial, tentativa de lesão corporal e formação de quadrilha.
*ZHESPORTES