A vice artilharia de Aylon no Inter, na verdade, é mascarada por um dado mais relevante: ele só precisa praticamente da metade do tempo de seus concorrentes para fazer um gol. A cada 143 minutos, coloca a bola na rede dos adversários. Apenas Nico López e Ariel, contratados no meio do ano, jogaram menos tempo do que o jovem atacante em 2016.
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Aylon jogou 1431 minutos pelo Inter. A maior parte deles no Gauchão, sob comando de Argel. No início do Brasileirão, recebeu do então técnico poucas oportunidades, mas soube aproveitá-las: contra o Santos, entrou a nove minutos do fim e 180 segundos depois, fez o gol da vitória. Entrou nas partidas seguintes, mas foi só contra o América-MG que começou como titular. E, naquela tarde de sábado, marcou duas vezes. Voltou para a reserva mais três vezes e, contra o Coritiba, lesionou-se no ombro, ficando de fora da equipe.
Sua ausência coincidiu com a decadência do Inter. E, por consequência, na queda de Argel. Com a chegada de Falcão, Aylon não recebeu chances. E, na quarta partida de Celso Roth, quebrou a sequência de seis jogos sem gols dos atacantes colocados.
– Tive oportunidade ontem (quarta) com o Celso, com o Falcão não tive. Aproveitei da melhor forma possível, sempre fazendo gols. Espero ter uma sequência também no Brasileirão, para ajudar o time sair dessa situação – comentou Aylon, destacado ontem para conceder entrevista coletiva.
Celso Roth já avisou que o atacante de 24 anos será titular contra o Santos quinta-feira que vem:
– Futebol é assim, joga quem está melhor e aproveita a oportunidade. Agora está com eles (Aylon e Nico López). A gente não escala os jogadores porque gosta deles, ou porque eles são isso ou aquilo. Os jogadores se escalam. E quem aproveita, continua. Essa ideia de time está colocada, e agora estamos buscando o melhor de cada posição no momento.
Com Nico López, novo parceiro de ataque, Aylon fará a função de centroavante mesmo, diferente daquela que em que começou a carreira no Interior e o levou ao Paysandu. Até o ano passado, o jogador aproveitava sua velocidade em posições mais laterais, executando mais a armação do que a conclusão. Quase sempre teve um atacante mais posicionado na área como companheiro. Assim, tinha a liberdade para se movimentar, mas marcava menos gols.
Por isso, sua nova função efetivada, como homem mais avançado e centralizado do ataque, pode render mais frutos. Inclusive com o apoio de Fernando Carvalho, o presidente da Swat colorada – e vice de futebol:
– Aylon cheira a gol.
Os atacantes e seus desempenhos pelo Inter
Aylon – 10 gols – precisa de 143 minutos para marcar um gol
Vitinho – 10 gols – precisa de 261 minutos para marcar um gol
Sasha – 11 gols – precisa de 304 minutos para marcar um gol
Ariel – 1 gol – precisa de 332 minutos para marcar um gol
Nico López – 1 gol – precisa de 360 minutos para marcar um gol
Valdívia – 1 gol – precisa de 656 minutos para marcar um gol